Prólogo

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- Um uísque para minha linda esposa. – disse Hector depositando a bebida na minha frente.

- Não estamos em público. – lembrei. – Não precisa fingir.

- Quanto mais cedo entrar no personagem melhor. – respondeu enquanto bebia seu próprio uísque. – Em cinco minutos sairemos por aquela porta eu e minha estrondeante esposa e espero que ela esteja preparada para fazer o seu papel.

- Não se preocupe. – respondi tomando o último gole da minha bebida – Estou mais do que preparada para desempenhar meu papel, querido marido.

[...]

Caminhei de braços dados com Hector até a escada que dava acesso ao grande salão, lugar onde ocorria a festa. Hector e eu éramos convidados da The End, a famosa festa de ano novo proporcionada por Henry Klaus.

Klaus era um poderoso empresário conhecido mundialmente, mas no submundo Klaus era mais conhecido pelas suas casas de prostituição, suas famosas festas e seu jeito extravagante. Olhando de longe ele poderia aparentar o respeito que erroneamente a sociedade dava a ele, seus cabelos grisalhos, seu rosto simpático, seu terno bem aliado, mas quem o que conhecia sabia do que era capaz.

Senti o braço de Hector ao redor da minha cintura ao descer as escadas, ele havia me preparado para esse momento durante muito tempo, e ele sabia que era arriscado e imprevisível aceitar o convite dessa festa e ficar cara a cara com o homem que me violentou, mas ele também sabia que essa era a prova que ele precisava para sabe se eu conseguiria fazer tudo que ele planejou para mim.

- Senhor Klaus. – chamou meu marido. - Quero que conheça minha esposa, Belle Sulivan.

- É um prazer. – respondeu me abraçando. Sentir seu perfume foi uma tormenta, o mesmo perfume me impregnou durante dias, o mesmo perfume que depois de tanto tempo ainda me deixava com nojo. - Você teve sorte, meu amigo.

- Na verdade, eu tive sorte de encontrar um marido maravilhoso desse. – corrigi, me esforçando para não demonstrar nenhuma reação errada.

- Não diga besteiras querida. – disse Hector entrando na farsa. – Você que é maravilhosa.

- Vocês são lindos juntos. – elogiou Klaus. – Eu lhe invejo, uma mulher dessa ao seu lado.

- Sabe Klaus, eu e minha mulher ouvimos falar muitas coisas ao seu respeito. – comentou. – Coisas que nos despertaram certas curiosidades.

- Que tipo de curiosidades? – perguntou ele para mim.

- Curiosidades prazerosas. – respondi sorrindo.

- Sinto que teremos uma conversa satisfatória. – sorriu malicioso.

Sorria enquanto você pode Henry Klaus, seu império irá cair mais rápido que imagina.

- Por que não aproveitamos um pouco a festa é mais tarde conversamos. – sugeriu meu marido.

- Terei um prazer enorme em satisfazer suas curiosidades. – respondeu observando meu decote.

- Esperarei ansiosa.

[...]

- Reconhece alguém?

- Não. – respondi discretamente. – Alguns clientes de vista e duas Dolls, mas elas não seriam capazes de me reconhecer.

- Tome cuidado, à medida que as Dolls do salão começavam a subir com os convidados outras iram desceram para substituí-las. Não quero que nenhuma delas lhe reconheça.

Sedução Fatal - PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora