Diário de um Amor Impossível

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13.09.2009

"Por vezes é dificil ser apenas uma rapariga normal, que nunca chamou a atenção de ninguem, infelizmente nem sequer dos seus próprios pais."

"Outra discusão, uma entre tantas, tantas estupidamente desnecessárias, que serviam para deitar algum de nós abaixo, até ao ponto de suicidio, suicidio desnecessário, a perda de uma vida apenas por uma noite de diversão."

14.09.2009

Levantei-me, sempre a sonhar que quando chega-se á cozinha, tivesse uma familia normal, unida, com o minimo de respeito uns pelos outros.

Enganei-me, exatamente como todas as manhãs me engano, é assim desde que me lembro. Chegei á cozinha « Bom Dia », tentei começar denovo como todas as manhãs « O que é que ainda estás a fazer nesta casa? » era a resposta que recebia todas as manhãs seje pelo meu pai ou pela minha irmã.

O porquê de serem assim comigo?

"Morte".

Esta é a resposta que me dão sempre que pergunto, nao é perciso mais nada, eu compreendo.

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15.09.2007

«Mana vem jogar comigo!»

«Agora não quero, meu amor, vem ter comigo aqui.»

A criança começou a andar, até que a pequena bola lhe caiu dirigindo-se á estrada.

Como qualquer criança faria correu atrás dela.

« BIA... PARA »

Foi a única coisa que consegui dizer antes de chegar aquele carro, e .......

Sim, perdi a minha irmã, a minha única razão de viver, e sou culpada disso cada segundo da minha vida.

« A culpa foi tua. Devias ter ido com ela. Devias ter sido tu a morrer. »

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14.09.2009

Aquela frase era a única coisa que ouvia dos meus pais nos últimos 2 anos.

A qualquer pessoa isto deixaria marcas profundas e o mesmo acontece a mim.

Sou Lia, a rapariga que matou a sua irmã qualdo tinha 13 anos, a rapariga que é culpada disso todos os dias pelos seus próprios pais, a rapariga que viu o seu tio suicidarce devido as acusações do irmão de ter matado a mãe.

Escrevo a minha vida neste caderno, num sitio longe de casa, para este não ser tirado e queimado pelos meus pais, pois segundo eles não tenho  o direito nem de escrever.

Vou voltar para casa, pode-se chegar a chamar tortura pois é a verdade, volto aqui amanhã, quem diz que não poderá ser diferente...

 

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