Diário de um Amor Impossível

De novo

16.09.2009

Por mais que já esteja habituada às pessoas fugirem sempre que conheçem a minha história, seje por não quererem uma assasina como amiga, ou porque não  iriam agentar os comentários das outras pessoas, aquele rapaz, Pedro, fez com que me sentisse melhor e pior ao mesmo tempo.

"O que os outros pensam, o porquê de nos ligarmos tanto aos pensamentos dos outros, a resposta é simples, o ser humano não consegue viver uma vida solitária, pelo menos é o que pensam, mentira"

"Apenas mais uma mentira no meio das outras milhares, ser humano, o unico ser vivo de passagem na Terra com a capacidade de mentir mesmo olhando nos olhos de outros, o unico ser que é capaz de matar o outro sem razão aparente."

Acordei, desci aquelas escadas como todas as manhas.

« Bom dia»

Foi o que disse quando alcançei o ultimo degrau.

Nenhuma resposta, nem um grito, nenhuma acusação.

Devem estar a dormir, a dormir devido a toda aquela bebida que pensam lhe lhes vai atenuar a dor, mentira, o unico meio possivel de atenuar aquele tipo de dor é não pensar no assunto, apesar de dificil, muitas vezes impossível.

"Dor, é perciso senti-la apesar de tudo, saberiamos como era a felicidade se não conheçemos a dor? Exatamente, não conheciamos, era sempre tudo igual."

Foi à cozinha, comi, não por prazer mas sim por ser necessario para viver. O porquê de viver? Nem eu sei, mas dar o gosto da minha morte a quem quer que seje, apesar de tudo nao faz parte dos meus planos.

"Planos, toda a gente os faz, quem os segue? Seria a vida interresante se mal nascessemos nos dessem o guião da nossa vida? Voçes iriam ler o final se vos fosse possivel?"

Ouvi alguém levantar-se, fugi, corri, corri para longe para não ter que ouvir as acusação que me são sempre feitas, fugi para aquele sitio onde o vi pela primeira vez, estarei a ve-lo uma segunda?