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Lily

Hoje é o dia em que o Matt volta pra Califórnia e eu não poderia estar mais feliz! O pessoal estava fazendo um show no Reino Unido, além de uma pequena turnê que durou quatro meses.

QUATRO FUKING MESES.

Mas eu superei. Acordei numa disposição única, e me arrumei pra ir buscar meu bebezão no aeroporto.

– Liz, ta pronta? – Josh pergunta batendo na porta do quarto.

– Quase! – termino de prender o meu cabelo e me viro para o meu irmão, com os cantos da boca já doendo de tanto sorrir. – Agora estou!

– Vamos? – ele faz um sinal para que eu saia do quarto. Peguei o celular e saí correndo atrás dele.

Matt e eu somos amigos desde quando tínhamos uns dezesseis anos, quando meus irmãos começaram a ganhar fama. Ele sempre foi um amor comigo e sem notar, eu já estava falando com ele todos os dias.

Chegamos no local e eu já corri para a área de desembarque, a sua espera. Eu precisava vê-lo, abraça-lo, chorar no seu colo como uma criancinha. Depois do que Dinik fez comigo, ninguém além do Matthew poderia me animar.

Dinik e eu começamos a namorar ano passado, ele era literalmente o cara perfeito. E... ele simplesmente me traiu. E não foram uma, nem duas, muito menos três. Foram mais de dezenove vezes! Eu deveria ter escutado a Faith... talvez eu não estivesse sofrendo tanto com a ausência do Matt.

– Está realmente animada para ver o Matthew, não é? – ele pergunta, me alcançando. Eu estava ocupada demais olhando pra cara das pessoas que saiam por ali, então nem me dei ao trabalho de responder.

Quando o portão se fechou, meu coração acelerou e quase preciso da minha bombinha. Minha cara já devia estar como um maracujá, segurando as lágrimas. Não, ele não fez isso comigo.

– Sabia que fazer essa cara dá rugas? – uma voz conhecida, diz. Meu coração estava tão dolorido que imaginei ser Josh, alterando a voz só pra me irritar.

– Não me importo. Ele sabia... sussurro a última parte já soluçando. Fecho os olhos e coloco meu braço contra o peito, deixando as lágrimas caírem.

– Ei não chora, você não vai ficar nada bonita – a voz se aproximou e a pessoa parece ter parado na minha frente. Eu abro os olhos e vejo ninguém menos que Matthew, com aquela típica careta dele, fazendo ele parecer uma capivara esfomeada.

Começo a bater nele, terminando com um abraço forte e apertado, praticamente o sufocando. Chorei. Ensopei a camisa dele e só faltei gritar no meio de todo mundo. Me separo dele, colocando os dedos nos olhos pra enxugar as lágrimas.

– Oh minha tartaruga... chora não, papai ta aqui – ele começa a dar aquela risada de hiena, me fazendo olhar para trás. Josh não estava mais ali, provavelmente deve ter ido à lanchonete ali do lado.

– Senti sua falta. – digo, o abraçando novamente. Já eram umas nove da noite, então o puxei até o carro, onde descobri que Josh estava pegando o número de uma garota aí.

– Fala Matt! – eles se cumprimentam com um toque que inventaram, e então partimos em direção ao centro, em busca de qualquer coisa de comida que encontrarmos.

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