Feitiço da Piranha

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3: Valentim

Porra!

Que merda foi aquela?

Não acredito que por pouco sucumbia a sedução da negrinha?! Logo um homem experiente como eu deixar-se levar por um joguinho barato de sedução.

Se meus pais soubessem que estava a centímetros de me misturar com um deles, apanhariam um ataque cardíaco.

Mas que porra meu! Isso que dava ficar de celibato por um longo mês, qualquer buraco servia para matar a sede.

Tinha que dar crédito a negrinha, pelo menos ela soube ser sútil. Esperta ― e isso era perigoso. Desde que cheguei, até ela ir embora, deu em cima de mim, do jeito mais sútil possível.

Com aqueles olhares furtivos e curiosos, estudando-me, com aquele cruzamento de pernas ousado no carro, ou mesmo quando estávamos no elevador e seu corpo chamando por mim

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Com aqueles olhares furtivos e curiosos, estudando-me, com aquele cruzamento de pernas ousado no carro, ou mesmo quando estávamos no elevador e seu corpo chamando por mim. Nem me fale da cena do quarto!

E a cena da porta então!? Quando ela suspendeu a respiração, criou um suspense no ar com seus lábios entreabertos, volumosos, perfeitos para um boquete, e olhos gulosos, fechados a espera que eu tomasse o que oferecia tao abertamente.

Seu corpo implorou que a fudesse aí mesmo contra a porta. A piranha sabia jogar, atiçar a fera, atormentar um homem a loucura do desejo, só de lembrar sua performance de sedução bem calculada fiquei duro, mas errou o alvo!

Fiquei com raiva de mim, por apesar de todas minhas directrizes e ensinamentos encontrar-me duro por conta de uma negrinha. Não era homem de ser controlado por desejos carnais, e o facto de que aquela piranha ter conseguindo quebrar esse controle de aço em menos de 24 horas, foda-se, vá lá se fosse em menos de 24 horas, foi em menos de 1 hora, e isso era no mínimo enervante.

Deixava-me possesso!

Passei a mão pelo cabelo despenteado e abanei a cabeça, o voo deve ter-me esgotado demasiado, estava cansado, com fome, e irritado, isso deve ter facilitado as coisas para negrinha, em condições normais nunca dispensaria um segundo olhar a ela, nem era tao bonita assim, era daquele tipo de mulher que carregava um beleza inocente diabólica, que nem as princesas da Disney.

Olha só pra isso, estava até a comparando com as perfeitas donzelas da Disney. Resmunguei um insulto e fui a cozinha, abri o refrigerador e vi que estava abastecido, tomei um copo de água e encontrei comida feita com boa cara que era só esquentar no microondas, apesar de tudo, tinha que reconhecer que a garota era bem eficiente.

Contudo, um mal a ser eliminado da raiz, com decisão tomada, caminhei ao quarto, peguei no celular que ela deixou e vasculhei a lista telefónica, achei o número de Gustavo e chamei, depois de 3 longos toques o filho da mãe finalmente antedeu com a voz grogue.

- Alo? – Ouvir a voz do meu primo predilecto e maluco amenizou minha raiva.

Falava com ele frequentemente, mas estávamos em lados oposto do planeta, agora só de saber que estava a uma distância automobilística dele alegrava meu coração. Gustavo poderia ser a ovelha negra da família, mas era a pessoa mais pé no chão, sem rodeios e extrovertida que eu conhecia, sem falar em seus talentos no negócio da família, que era o motivo principal por não ser deserdado da nossa família ultra tradicional ainda.

Orgulho e Preconceito: As Cores do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora