POV NARRADORA
Frisk acordara após seu mal-estar, ela estava na mesma sala, porém tinha outra pessoa ali, um garoto também albino, porém mais alto e magro... Quem era ele? A morena levantou-se calmamente e sentou-se na cama, a pessoa desconhecida, ao notar isso, levantou-se com ânimo e sorriu.
– GAROTA! VOCÊ ESTÁ ACORDADA! – Ele disse, discando um número em seu celular – ELA ACORDOU, ALPHYS E APARENTEMENTE ESTÁ BEM! – Ele parou um pouco, provavelmente ouvindo o que a tal Alphys dizia a ele. – OK, ATÉ.
– Quem é você...? – Perguntou Frisk em um tom baixo e desconfiado.
– AH! DESCULPE-ME! – Ele estendeu a mão – EU SOU O GRANDE PAPYRUS E UM DIA SEREI COMO UNDYNE, UM DOS GERENTES DESSA COMPANIA! – A garota ergueu uma de suas sobrancelhas, achando a atitude sonhadora do garoto um pouco estranha, ele era tão inocente que se não fosse por seu tamanho, ela diria que era uma criança.
– Ah... Certo. – Sorriu de canto e sentou-se de pernas cruzadas. – Que lugar é esse...?
– ESTE É O... – Antes que Papyrus pudesse responder a pergunta da mais nova, o garoto que havia visto momentos antes de desmaiar adentrava o cômodo com um sorriso sarcástico estampado em sua face.
– Não achei que minha beleza fosse tanta a ponto de que desmaiasse... – Disse em um tom sério, como se realmente fosse convencido àquele ponto. A garota revirou os olhos – Levante-se, pirralha. Você vai morar comigo por um tempo.
– Eu não vou a lugar algum com você – Ela cruzou os braços – Eu quero sair daqui! – Papyrus se despediu de ambos e saiu da sala, o outro albino observou-a com uma expressão desanimada – Não foi um pedido. – Disse em um tom ameaçador.
– Eu não ligo – O mais velho revirou os olhos – Não saio daqui com você. – Ele suspirou e fitou a garota, colocando as mãos nos bolsos de seu uniforme de policial.
– Olha, pirralha. Eu não quero cuidar de você também, mas a gente meio que não tem escolha. Quanto menos você reclamar, mais fácil vai ser e logo você vai estar de volta, eu vou te ajudar, se você quiser, mas isso tem que ser com calma, a UMB perceberia se você fugisse de imediato. – Ela o olhou, esperançosa – Então, temos um trato? – Estendeu a mão, que fora tomada pela mais nova e apertada fracamente.
QUEBRA DE TEMPO
Sans estacionou o carro na garagem de sua casa, era pequena, porém tinha bastante espaço para que ele vivesse bem. Felizmente, esta possuía um quarto de visitas, que antigamente costumava ser o local onde Papyrus dormia na época em que morara com o irmão. O albino dirigiu-se até a porta da frente e a abriu com suas chaves. Fez questão de que Frisk entrar antes dele para garantir que esta não iria fugir.
– Vou te explicar as regras aqui – Disse em um tom que assustou a garota um pouco enquanto sentava-se na beira do sofá. A garota engoliu em seco – Eu não estou te mantendo aqui porque eu quero. Entendeu? É apenas o meu trabalho, então espero que você não cause problemas. – Ele fez uma longa pausa e olhou a garota – Ou então você terá uns tempos ruins – A garota jurou ver o olho do albino brilhar em um tom azulado, mas pensou que era apenas sua impressão. – Estamos combinados, então? – Ela assentiu rapidamente, abaixando a cabeça logo em seguida. Sans suspirou – Seu quarto é o primeiro à esquerda, só subir as escadas, se arrume. Irei preparar o jantar.
A morena subiu as escadas e viu seu quarto perfeitamente arrumado, uma sacola pertencente à loja M0nst3r's estava em cima da cama, a garota, curiosa, abriu a mesma, deparando-se com algumas roupas do tamanho de seu manequim, incluindo roupas íntimas. "Sans comprou isso tudo?" Pensou, corando levemente. "Não. Provavelmente Alphys ou outra garota deve ter comprado, ele não acertaria meu tamanho." Três caixas de sapatos estavam empilhadas no chão, ela as abriu e observou todas as opções que teria para usar e escolheu sua roupa.
Frisk caminhou até a suíte e lá viu um conjunto de banho básico em uma sacola plástica, intocável. Tudo havia sido providenciado para ela, que deu um pequeno sorriso e permitiu ser acolhida por alguns segundos, mas então se lembrou de Chara. Onde estaria ele? O que havia ocorrido? Estava morto, ferido? Quando sentiria o sabor de seus lábios novamente? Mordeu o lábio inferior e suspirou, segurando as lágrimas. Resolveu entrar no box e tomar um banho rápido, retirando todo resquício de maquiagem que havia sobrado em sua face desse o momento em que havia apagado na festa de Asgore.
Desligou o chuveiro e vestiu suas roupas, logo olhando-se no espelho. Sua face estava limpa, mas incrivelmente bonita. Ela ficava... Fofa sem tanta maquiagem, ela parecia uma criança; o que não a surpreendia por conta de seu corpo – que não era tão desenvolvido quanto o de suas amigas -, Frisk era a típica "tábua" e tinha inveja de suas amigas uma vez ou outra.
Sans bateu duas vezes na porta do quarto e a abriu logo em seguida, ele deu uma olhada rápida na garota e balançou a cabeça de maneira rápida, como se negasse algo freneticamente.
– O jantar está pronto – Disse o mais alto, encostando-se na beirada da porta do cômodo. – Você já está pronta? – Ela assentiu e ele saiu do local – Estarei te esperando.
A jovem suspirou e o seguiu pelos corredores da casa até encontrar a cozinha. Uma travessa com lasanha estava no meio da mesa, junto a dois pratos, cada um com dois talheres. Sans já estava sentado e servindo a lasanha no prato da mais nova e a entregou, depois serviu para si e ambos começaram a comer.
– A comida está ótima – Disse a jovem, admirada – Foi você quem fez...? – Sans assentiu, sorrindo de canto.
– Papyrus me ensinou, ele é um cozinheiro muito mais habilidoso do que eu, mas eu ainda aprendi a fazer algumas coisas básicas. – Ele deu uma leve risada – Tivemos que aprender a nos virar cedo demais.
– Por quê? – Disse a mais nova, fitando-o interessada. – O albino balançou sua cabeça negativamente.
– Nada demais, não se importe com isso... – Ela então assentiu, ainda muito curiosa sobre isso, mas ainda assim decidiu não lhe perguntar mais nada, não queria ser um incômdo.
QUEBRA DE TEMPO
Frisk já estava dormindo em sua cama a algum tempo, a porta de seu quarto fora aberta silenciosamente, sem que ela notasse algo e despertasse de seu pesado sono. Sans adentrou o local escuro e agachou-se na altura da garota, pousando suas mãos por cima dos sedosos e curtos cabelos da jovem, logo se afastando e fitando a mesma, que dormia calmamente. "Você é realmente tão má como dizem...?"
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Ruby
Action"Ruby" era seu apelido. Uma orfã que teve uma vida dura e logo depois entrou para a vida do crime sob influência de seu amigo, Chara. Felizmente, aquela vida proporcionava uma enorme quantia de dinheiro a eles, junto com festas e outras coisas que d...