Eu nunca vi uma prova dar tão errado quanto aquela. As pedras pareciam sabão, tomei duas punições, e peguei uma entrada errada. Com certeza não foi um dia muito bom, mas pelo que vi depois da prova, não tinha sido bom pra nenhum de nós.
Encontrei o Du quando estava indo para o restaurante, e ele estava bem pra baixo.
— E aí? Pelo jeito, pra você foi uma merda também, né? – perguntei.
— Merda e meia! – ele deu de ombros. – O Afonso não tava andando bem.
— Pelo menos não foi culpa sua. No meu caso, eu sou um idiota que tomou duas punições. – brinquei com ele.
Ele riu – Ainda bem que você vai pra prova de amanhã.
— Pode crer. – concordei.
Regi também se aproximou de nós com uma cara de desânimo.
— Me digam que vocês foram bem. – ele falou esperançoso. – Eu fui um desastre.
Eu ri. — Então senta aí, que tamo no mesmo barco.
— Ah fala sério? Que merda. O Ivan vai torrar nosso saco agora. – ele se lamentou. Coitado. Não tava acostumado com essas coisas. Era uma coisa bem rara nós três irmos mal na mesma prova assim. Mas foi pura falta de sorte.
A classificação saiu só pra confirmar o que a gente já esperava. Quarto, quinto e eu em último. Maravilha!
Ficamos lá sentados na mureta conversando, já tava virando piada. Só restava rir, mesmo.
A Elise se aproximou, e pela nossa cara, acho que já tinha percebido a merda que foi. Ela se sentou ao lado do Du, e colocou a cabeça no ombro dele.
— O que aconteceu? – ela franziu a testa, chateada.
Nossa, deu até dó, ela sofria como se ela mesma tivesse perdido a prova.
— Nada, só não foi nosso dia. – Regi respondeu.
— Que droga. Desculpem, não consegui tanta informação como tinha pensado. – ela estava arrasada.
— Que isso gordinha. Não tem nada a ver com você não. – eu sorri pra ela.
Ela agarrou o braço do Du se encolhendo. Cara, que dó dela... Eu entendia, ela passou o dia inteiro fazendo aquelas porras de planilha, aí a gente conseguia fazer merda, depois de ela ter feito tanto.
— Olha, vou tirar uma foto para o mural da tristeza. – uma garota de macacão rosa coladinho se aproximou de nós, tirando sarro da nossa cara. Tá, a gente tava merecendo mesmo. Ela passou os olhos por nós, com um batom grotesco na boca, se achando superior.
— Diana, não tripudia, vai. – a garota atrás dela tentava apaziguar as coisas, estava com o mesmo macacão que ela, e era tão gostosa quanto.
— Ah, mas tava tão a fim de zoar os três patetas, e a boba da corte. – ela gargalhou
Ah velho, que merda é essa? Zoar é uma coisa, ser irritante é outra.
Me levantei e me aproximei dela, a encarando – Se você não fosse tão gostosinha, eu ia te fazer engolir isso. – falei com a voz mais calma que eu tinha, e ela se encolheu.
— Nossa... Que nervosinho. Achei que estava acostumado a perder... – ela sorriu, e jogou o cabelo pra trás.
Não é que a filha da mãe era gostosa mesmo. Tava louco pra dar uma mordida naquela boca atrevida. Sorri pra ela, e ela se derreteu. Nela eu ia era deixar uma marca bem na cara.
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Minha adorável Pimentinha (Degustação)
RomanceLéo é o tipo de cara que não pensa, nem se preocupa com ninguém. Curtir é seu mandamento! Piloto de rally, independente e galinha, seu hobby preferido é atormentar Elise, sua amiga e companheira de equipe. Conquistá-la nem seria seu maior desafio...