7 UFC fora de controle

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 Eu nunca vi uma prova dar tão errado quanto aquela. As pedras pareciam sabão, tomei duas punições, e peguei uma entrada errada. Com certeza não foi um dia muito bom, mas pelo que vi depois da prova, não tinha sido bom pra nenhum de nós.

Encontrei o Du quando estava indo para o restaurante, e ele estava bem pra baixo.

— E aí? Pelo jeito, pra você foi uma merda também, né? – perguntei.

— Merda e meia! – ele deu de ombros. – O Afonso não tava andando bem.

— Pelo menos não foi culpa sua. No meu caso, eu sou um idiota que tomou duas punições. – brinquei com ele.

Ele riu – Ainda bem que você vai pra prova de amanhã.

— Pode crer. – concordei.

Regi também se aproximou de nós com uma cara de desânimo.

— Me digam que vocês foram bem. – ele falou esperançoso. – Eu fui um desastre.

Eu ri. — Então senta aí, que tamo no mesmo barco.

— Ah fala sério? Que merda. O Ivan vai torrar nosso saco agora. – ele se lamentou. Coitado. Não tava acostumado com essas coisas. Era uma coisa bem rara nós três irmos mal na mesma prova assim. Mas foi pura falta de sorte.

A classificação saiu só pra confirmar o que a gente já esperava. Quarto, quinto e eu em último. Maravilha!

Ficamos lá sentados na mureta conversando, já tava virando piada. Só restava rir, mesmo.

A Elise se aproximou, e pela nossa cara, acho que já tinha percebido a merda que foi. Ela se sentou ao lado do Du, e colocou a cabeça no ombro dele.

— O que aconteceu? – ela franziu a testa, chateada.

Nossa, deu até dó, ela sofria como se ela mesma tivesse perdido a prova.

— Nada, só não foi nosso dia. – Regi respondeu.

— Que droga. Desculpem, não consegui tanta informação como tinha pensado. – ela estava arrasada.

— Que isso gordinha. Não tem nada a ver com você não. – eu sorri pra ela.

Ela agarrou o braço do Du se encolhendo. Cara, que dó dela... Eu entendia, ela passou o dia inteiro fazendo aquelas porras de planilha, aí a gente conseguia fazer merda, depois de ela ter feito tanto.

— Olha, vou tirar uma foto para o mural da tristeza. – uma garota de macacão rosa coladinho se aproximou de nós, tirando sarro da nossa cara. Tá, a gente tava merecendo mesmo. Ela passou os olhos por nós, com um batom grotesco na boca, se achando superior.

— Diana, não tripudia, vai. – a garota atrás dela tentava apaziguar as coisas, estava com o mesmo macacão que ela, e era tão gostosa quanto.

— Ah, mas tava tão a fim de zoar os três patetas, e a boba da corte. – ela gargalhou

Ah velho, que merda é essa? Zoar é uma coisa, ser irritante é outra.

Me levantei e me aproximei dela, a encarando – Se você não fosse tão gostosinha, eu ia te fazer engolir isso. – falei com a voz mais calma que eu tinha, e ela se encolheu.

— Nossa... Que nervosinho. Achei que estava acostumado a perder... – ela sorriu, e jogou o cabelo pra trás.

Não é que a filha da mãe era gostosa mesmo. Tava louco pra dar uma mordida naquela boca atrevida. Sorri pra ela, e ela se derreteu. Nela eu ia era deixar uma marca bem na cara.

Minha adorável Pimentinha (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora