4 Brincar! Porque dormir...

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Mais uma noite me divertindo com as meninas no quarto, e não dormindo quase nada, parti para a corrida depois do café da manhã.

Fiquei sentado no Galak, conferindo os instrumentos, e esperando o Vini voltar com a planilha.

— Ou! Vini – o gritei, quando ele passou por mim. – Já saiu a porra da planilha?

— Já, to levando pra Elise, ela ta fazendo uns ajustes, quero conferir com ela. – ele falou sério.

Fiquei mudo, a garota devia mandar bem mesmo, era tipo o guru da equipe, com aquele monte de papéis e informações. Era uma nerd perfeita. Porque mesmo nunca reparei nisso?

Não aguentei de curiosidade, e fui me sentar do lado de fora da tenda pra ouvir o que eles estavam falando.

Ali, ouvindo a voz dela, daquele jeito, sem olhar pra ela, nunca eu iria imaginar que se tratava de uma pirralha de o que? Dezenove anos? Ela falava como chefe de equipe. Aquilo era tão legal. Os caras, mó brutamontes ouvindo ela como aluninhos na escola.

Ouvi eles se levantando pra sair, e eu corri de volta para o Galak.

Vini chegou alguns minutos depois, ainda falava alguma coisa com o Fábio. É... O Fabio e o Du mandavam bem nessas provas. Talvez ele estivesse acumulando mais informação.

Largamos á uma da tarde, éramos o 14° carro, apesar de tudo o que tinha ouvido da Elise, e ver a planilha toda rabiscada com a letra dela, eu não estava lá muito animado para a prova.

Terminei a prova depois de dois especiais, larguei o Galak na tenda dele, e voltei para hotel. Dispensei as meninas, tava á fim de tentar descansar, essa porra de andar devagar era muito cansativa. Mas o que eu consegui foi passar raiva, duas da manhã, e nada. Como eu queria aquele chá da Fatinha.

Mas já que não tinha, fui de Pri, mesmo. Bati no quarto dela, ela abriu a porta, e a puxei pra fora, fechando a porta pra não acordar a outra. A carreguei para o meu quarto, se eu não gastasse aquela energia, não ia conseguir dormir.

Não sei como, acordei às cinco e meia. Ótimo. Já dava pro gasto.

Depois do café da manhã, parti direto pra bater as informações com o Vini. Ele estava bem confiante.

— E aí? Vamo levar essa? – ele riu animado.

— Claro. Bora lá. – respondi meio disperso.

Ele ficou me olhando.

— Que, que é hein? Não dormiu de novo? – ele resmungou pra mim.

— Umas duas horas – dei de ombros.

Ele tacou a planilha em cima do capô do Galak, e me encarou.

— Velho na boa. Cê tem que fazer alguma coisa sobre isso. Qualquer hora você vai matar nós dois.

— Já vai começar a dar chilique, Cagão? Me erra vai. Eu sobrevivo muito bem com duas horas de sono. Fica tranquilo, que eu já manjo dessa merda.

Ele balançou a cabeça pra mim.

— Beleza então, a hora que você enfiar seu chocolatinho numa árvore, não adianta reclamar.

Revirei os olhos, e entrei no Galak.

A corrida foi boa, embora eu não estivesse no meu melhor dia, acabei atrás do Chorão, o que era uma merda. Mas até que tava bom pra quem tava acabado.

Á noite, saíram os resultados, no domingo fiquei em segundo, como já esperava. Mas o que me surpreendeu foi o sábado. Um 5° lugar em dezesseis carros, era um pódio pra mim naquela prova. Partimos pra comemoração, o Du ganhou no sábado, ele era muito foda nessas provas. O Regi ficou em terceiro. No balanço do fim de semana, estávamos bem.

Minha adorável Pimentinha (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora