1. Um futuro de Trevas

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"Aqui jazem todas as almas perdidas, todas as armas esquecidas, corações e sonhos partidos e dilacerados por uma guerra sangrenta

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"Aqui jazem todas as almas perdidas, todas as armas esquecidas, corações e sonhos partidos e dilacerados por uma guerra sangrenta. O fim da humanidade".

O prelúdio do Apocalipse

Meu nome é Zeul e vou te contar a minha história, a história do fim do mundo propriamente dita, o momento no qual será decidido o futuro da humanidade e das últimas esperanças que permeiam a batalha final contra nossos opressores, a disputa final entre os REINOS DA LUA DE SANGUE.
Aqui, tudo será decidido, todas as almas receberão a salvação ou a condenação.

Aqui, neste campo de batalha, ou melhor, nesta carnificina, os sonhos dos inocentes serão inumados, acompanhados por uma melodia fúnebre, ao som dos corações sendo esfacelados.

Antes que eu morra, vou deixar minha história como herança e como uma lembrança do último eclipse da Humanidade. Eu creio que minhas lembranças ainda não se apagaram, mesmo com tanta dor e sofrimento.
Mesmo que eu morra aqui, meu espírito ainda terá forças e continuará espalhando pelo mundo e por toda a eternidade a minha vida e o meu passado, assim como todo o sofrimento da humanidade, para que isso sirva de lição para o reino dos homens — o poder não é algo para ser mensurado, nem concentrado, mas, sim, para ser respeitado e equilibrado.
Eu me lembro de tudo...
— Zeul... Zeul... esse é o seu nome? Você é o filho de...
— Não diga o nome dele. Não me lembre dessa maldição. Não quero... — Minha garganta doía, na verdade, ela quase foi destroçada. — Por favor, onde estão meus amigos?
— Eu não sei de quem você está falando. Havia mais alguém aqui? O que você está fazendo aí deitado nesse chão húmido? E esse sangue todo é seu? Você está bem?
— Qual o seu nome? Quem... é você? Seu rosto me é familiar.
— Meu nome? E isso importa, por acaso? Preciso te ajudar agora mesmo, estancar esse sangue. Vamos, eu te ajudo a levantar.

Essa é uma história coberta de sangue e dor, um mundo consumido pelo caos e pelo ódio, uma disputa incessante entre raças em busca de poder, um verdadeiro inferno... a humanidade está dando seu último suspiro antes do grande silêncio da morte.

Eu estava no meio de uma guerra, lutando com todas as minhas forças para salvar a humanidade desse caos. Eu já lutei tanto e ainda continuo de pé. Meus amigos, aqueles quem eu tanto amava, foram mortos por um monstro. Eu o vi segurando a cabeça decapitada de... nem consigo lembrar sem derramar lágrimas. Vi cada um deles morrer, assim como vi cada inimigo ser dilacerado na minha lâmina sagrada, Kalah.
— Kalah? Onde está minha espada?
— O que? Zeul, não se preocupe com armas neste momento, você não está em condições nem de andar sozinho. Ah, você perguntou o meu nome, me chamo...
— Como? Você pode repetir? Não ouvi bem. Minha visão está ficando turva... minha cabeça parece leve. Eu... eu... — Estava desmaiando por causa da grande perda de sangue. Minha perna foi destroçada. Dor e mais dor...
Cada batalha parecia durar uma eternidade.

Em meio ao caos, consegui recobrar um pouco de minha consciência. O cenário era triste – tudo às ruinas. Prédios destruídos, árvores queimadas, poeira e concreto destroçado e espalhado por todos os lugares.

Reinos da Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora