Capítulo Dois

348 45 23
                                    

Olá vocês, como estão?

Acredito que eu não tenha nada para dizer hoje... Enfim, apenas espero que vocês gostem do capítulo.

Erros ortográficos corrijo depois!






Naquele ano, após o outono acabar e o inverno iniciar, eu e Camila nos aproximamos cada vez mais. No inverno ficamos agarradinhas, tomamos chocolate quente, assistimos filmes e séries. Na primavera aproveitamos as flores, a beleza, fizemos diferente dos outros casais e andamos de mãos dadas nesta estação no Central Park, eu a fotografei, a admirei, a amei ainda mais. No verão aproveitamos o sol, o calor, fomos à praia, ao clube, a boate, acampamos.

Quando o outono retornou, no ano de 2011, eu e Camila estávamos mais do que apaixonadas. Amávamos uma a outra com todo nosso coração. Eu a levei a todos os lugares que ela queria ir. Eu fiz tudo que ela queria que eu fizesse e até mesmo mais. Eu a amei mais do que amava a mim mesma.

Camila teve seus "ataques", mas nada que eu não aprendi a lidar. Era complicado quando ela estava maníaca, hiperativa, queria tudo a todo o momento, mas era ainda pior quando ela estava depressiva e faltava as aulas, deixava de fazer provas, se trancava em seu quarto, não falava comigo, não comia nada e pensava em suicídio constantemente.

Eu a levei tantas vezes ao psicólogo – as consultas semanais dela –, comprei tantas vezes os seus remédios – antipsicóticos, antiansiedades, antidepressivos e estabilizadores de humor – que ela se acostumou com o fato de que eu estava por inteiro em sua vida, que eu não iria abandoná-la, mas, ainda sim, às vezes, ela sentia tanto medo disso que chorava por semanas em seu quarto, sem deixar ninguém entrar, nem mesmo eu.

Passei por momentos complicados com Camila, mas nunca sequer pensei em deixá-la. Eu a prometi que viveríamos um dia de cada vez e foi exatamente isso que eu fiz. Nos piores dias dela, eu levava um segundo de cada vez e, assim, conseguia entendê-la e sempre tomava a melhor decisão para ambas, mas é óbvio que não foi tudo mil maravilhas e, no outono de 2012, as brigas chegaram.

Camila estava em sua fase depressiva. Ela tinha uma tristeza diária e uma dificuldade imensa de se concentrar ou de tomar qualquer decisão que fosse. Ela perdeu peso, estava sempre desanimada e, com isso, nunca me queria por perto. Ela se afastou do seu curso de Letras que tanto amava, parou de escrever seus contos maravilhosos, se sentia inútil o tempo todo e queria apenas dormir.

Eu tentei. Juro que tentei. Mas eu também estava passando por uma fase complicada. Sem dinheiro, sem trabalho, sem nada. Eu quase estava sendo despejada do meu apartamento e só queria um pouco de apoio, mas Camila não estava lá, então as brigas começaram. Eu a magoei, ela me magoou. Malditas palavras que nunca deveriam ter sido ditas.

De qualquer forma, nós superamos tudo e, no outono de 2013, eu tive coragem e fiz o pedido. Ah, o pedido...

19 de outubro de 2013 – 15h55min

– O céu está tão lindo hoje. – digo a minha amada latina que andava de mãos dadas comigo pelo Central Park, como um grande clichê – Você não acha?

– Só não está mais lindo que você. – ela sorri, fica na ponta dos dedos e me beija – Eu sei que não preciso me levantar para te beijar, mas tínhamos que ser completamente clichês, não acha?

– Ah Camz... – sorrio enquanto balanço a cabeça negativamente, achando tudo aquilo muito cômico – Apenas vamos nos sentar, ok? Afinal, você quer ler, não é?

Doce outonoOnde histórias criam vida. Descubra agora