Epílogo

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Olá vocês, como estão? Espero que bem!

Como vocês já sabem, hoje é a última atualização de Doce outono, então vamos lá...

Eu acho que essa foi minha melhor história e agradeço por tudo que tive que aprender para escrevê-la. Sinceramente? Eu não escrevi essa história com intenção de fazer vocês acharem fofo toda a história de amor entre elas... Ao menos não só isso. Eu escrevi sonhando alto, escrevi torcendo para que toda a sociedade (mesmo que isso não seja possível) lesse esta história e entendesse que transtorno bipolar não é brincadeira, motivo de piada ou qualquer outra superficialidade que vejo diariamente em redes sociais ou presencialmente. Enfim, já deveríamos ter aprendido quão sério os transtornos são!

Espero que vocês gostem! Erros ortográficos corrijo depois!






01 de julho de 2022 – 19h55min

– Camila? – chamo-a assim que entro em casa, após chegar do trabalho – Amor? Você já está pronta?

Antes, no feriado do quatro de julho, eu e Camila íamos para uma cabana alugada. Após as crianças nascerem, eu economizei bastante e consegui comprar nossa própria cabana. Agora sempre vamos para ela. É quase que um ritual familiar.

Combinamos que assim que eu chegasse do trabalho, nós iríamos para a cabana, mas levando em consideração de que Camila nem sequer me responde, acredito que ela esteja tomando banho com as crianças. Atualmente eu permaneço trabalhando como fotografa jornalística, mas ganho o dobro do que ganhava antes, enquanto Camila está escrevendo o seu segundo romance. Ela é uma escritora e tanto. Charles e Nathaniel estão com cinco anos e quase não dão trabalho. Quase.

– Amor? Você ao menos está aqui? – pergunto ao entrar no nosso quarto.

Deixo minha bolsa, assim como meu casaco, em cima da cama e vou procurá-la em nosso banheiro. Após não achá-la, começo a me preocupar e vou até o quarto das crianças. Tudo estava arrumado, mas eles não estavam lá e eu não conseguia encontrar Camila em lugar algum.

– Camila? – chamo-a completamente preocupada – Onde você está? Camila?

Corro até o banheiro do final do corredor após notar a água que escorria por debaixo da porta. Sem pensar duas vezes, arrombo a mesma e entro. Desligo a torneira da banheira e me agacho de frente para Camila que estava sentada ao lado da banheira, com as mãos no joelho, o rosto escondido, chorando baixinho.

– O que aconteceu, meu amor? – pergunto o mais calma possível, pois o psicólogo de Camila já havia me dito que pânico nessas horas não é nada aconselhável – Você está bem?

– Eu não quero ir mais. – sua voz falhava por causa do choro e ela nem sequer me olhava – Eu mandei os meninos para a casa de Vero. Sugiro que você vá pra lá também.

– Eu não vou te deixar sozinha. – sento-me ao seu lado, escorando minhas costas na parede e respirando fundo – Nós ficaremos aqui por quanto tempo você quiser meu amor. Eu estarei bem aqui se você precisar de mim.

– Ah Lauren, você é ridícula! – ela me olha incrédula e então eu noto os olhos fundos, de quem chorou o dia inteiro – Você sempre acha que pode me salvar, mas você não pode! Ninguém pode!

– Camz... – respiro fundo e ela faz o mesmo, me olhando completamente mal; eu conseguia sentir toda a sua dor e isso era horrível – Eu estarei bem aqui se você precisar de mim. Bem aqui.

Doce outonoOnde histórias criam vida. Descubra agora