Trust

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Haviam se passado dois dias desde a última visita de Harry ao hospital. O menino de cachos iria dar início hoje ao acompanhamento psicológico antes da cirurgia e ele não poderia estar mais nervoso. Sua mãe o acompanhou ao hospital, como sempre, mas dessa vez ela não iria ficar. A conversa com o psicólogo era particular então a mais velha teria que ficar de fora.

Harry estava ansioso, mais que o normal. Ele nunca tinha tido muito contato com estranhos, seus familiares distantes eram os únicos com quem o cacheado convivia além de sua mãe e irmã. Tinha Niall também, o único amigo que Harry fez a vida inteira simplesmente porque o loiro era falante e insistente demais. Harry também estava nervoso por causa do garoto que conhecera dias atrás, filho do Doutor Tomlinson. Louis. O de olhos verdes jura nunca ter escutado uma voz como aquela, era alegre e entusiasmada, era como se o menino estivesse pulando ao mesmo tempo que falava. Fazia Harry querer pular junto.

Ele lembra do que o menino disse. " E se eu estiver com sorte, nos veremos muito ainda." Harry não queria admitir, mas estava torcendo para que a sorte estivesse ao lado do Tomlinson mais novo.

-Aqui estamos, filho. - O cacheado saiu de seus pensamentos quando sua mãe o chamou, logo em seguida, sentiu o carro parando. - Não poderei ficar hoje, love, mas sei que o doutor Tomlinson cuidará bem de você, certo ? - Harry deu um pequeno sorriso de canto.

- Está tudo bem, mamãe. - Harry era um bom filho. Mesmo com suas condições, ele sempre procurou não deixar a mãe extremamente preocupara e sempre procurou fazer aquilo que ela queria.

-Você está ok com isso, H ? - O menino ouviu sua mãe. A voz dela soava um pouco receosa demais – Digo, é tudo muito novo e você terá que passar algumas horas em um hospital sozinho com pessoas que não conhece – ele sentiu que sua mãe estava muito nervosa e logo esticou os braços para toca-la, Anne pegou as mãos do filho e as levou para seu rosto, ela sabia que o cacheado sentia-se confortável assim.

-Mamãe, está tudo bem, de verdade. - ele garantiu, fazendo um pequeno carinho no rosto da mais velha que beijou uma de suas mãos. - O doutor Tomlinson explicou o tratamento, sei que terei que passar por testes e exames e a senhora não vai poder estar comigo e está tudo bem, se for para que eu tenha a visão, está tudo bem. A senhora não pode se preocupar comigo o tempo todo.

-Você é minha preciosidade, H. Eu te amo muito – Anne fala e beija as duas mãos do filho – Agora vamos, te levarei até a sala depois volto para te buscar, certo?

Depois de uns minutos, mãe e filho estavam caminhando nos corredores do frio hospital. Harry nunca gostou deles, apesar de não enxergar, seus demais sentidos eram mais desenvolvidos, pelo menos ele achava que sim. Harry sentia tristeza quando estava em um hospital. Nada mais que tristeza e para ele, sua vida já era triste demais, não precisava estar em locais assim.

Logo que chegaram na ala da oftalmologia foram recebidos pelo doutor Tomlinson que como sempre, estava animado para os procedimentos e avanços de Harry. O cacheado suspeitava que era algo de família. 

-Que bom que chegaram, estava ansioso para começar os procedimentos, Harry ! - O doutor falou e harry corou. Ele odiava ser tímido demais, muita das vezes não conseguia falar uma frase sem gaguejar ou corar.
- Oi doutor Tomlinson, bom revê-lo – Anne começou - Como não posso participar das sessões, vou voltar para o trabalho e venho buscar Harry assim que acabar, estou deixando meu tesouro em suas mãos. - Concluiu a mulher.
- Tudo bem Senhora Cox, Harry está seguro conosco. - Ele disse simpático - Está pronto, rapaz ? - Disse virando-se para o cacheado que ficou nervoso automaticamente com demasiada atenção sobre si, mas assentiu. - Ótimo, vou leva-lo a sala do doutor Collins.
- Tchau, love – Anne disse deixando um beijo na testa do menino – Qualquer coisa me ligue, doutor, e votarei correndo. - ela disse séria e o médico assentiu
-Sei que voltaria. - respondeu simples.
-Tchau mamãe - Harry disse em um sussurro e pulou de susto quando sentiu uma mão segurando levemente seu braço.
- Sou eu, Harry – ouviu a voz do doutor – venha, irei te acompanhar até a sala do doutor Collins.

Can you see the stars ? | AU Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora