Capítulo 7°

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Hoje acordei sem precisar da fofa e confortável ajuda do despertador... Que inclusive estava faltando um pequeno pedaço. Tomei um banho, e deixei que a água escorresse por todo o meu corpo... Pouco a pouco ela inundava meu espírito, precisava de calmaria. Fui até a janela, quer saber? Não vou pra faculdade hoje... Vou a praia. Amanhã é sábado, e é isso... Hoje vou a praia! Peguei minha tanga, um biquíni, passei protetor solar e fui em direção a praia... O mar estava calmo, ouvi falar que era poucas vezes essa calmaria. Estendi um pano no chão, finquei o Guarda-Sol no mesmo e me sentei admirando o mar, e o sol refletindo em sua imensidão azul marinho... Como era lindo, fiquei a olhar pra ele, e oque eu queria era me entregar a essa imensidão azul! Mergulhar em um universo onde só existia Eu e eu. Corri em direção a água, e parecia uma criança chutando a borda do mar, vendo as ondas vindo em minha direção e correndo dela... Eu sorria! Sorria muito! Como era Bom!! Estava inebriado com a beleza daquele lugar... Sentei na beira do mar, como de surpresa uma sombra se formou em cima de mim.

!?: Oi...?

Me levantei rapidamente e me arrependi de tê-lo feito... Minhas vistas ficaram escuras, e eu ia caindo... Sinto umas mãos me acolherem e me levar pra um lugar de aroma irreconhecível.

Me solta!

!?: Você está tonta...

—Ok... Mais me coloque no chão!

!?: Não.

—Jorge me solta!!

Jorge: Ok.. Ok..

Jorge trajava um short de tecido leve, estava sem camisa, mostrando um abdômen lindo, e que me deixou alucinada. Certamente estava fazendo caminhada... Ele me colocou em uma poltrona e por um instante fiquei olhando pra aqueles olhos azuis, azul marinho... Amo o mar... Amo azul... Amo o azul dos olhos dele. Me perdi por um momento ao descer meus olhos até seus lábios. Voltei a olhar pra ele, e bem no fundo dos seus olhos eu pude perceber o quanto ele me desejava, vi em alguns vídeos na internet que quando a pupila dilata, é sinal que a pessoa gosta de você. Bem, não acredito nessas coisas, porém tive vontade de olhar em seus olhos. Ele colocou suas mãos atrás do meu pescoço e me puxou para um delicado beijo, sem pressa, como se tivessemos o dia todo... E tinha... Eu retribui o beijo, hora dava mordidas, hora sugava seus lábios. Acordei desse momento Clichê ao lembrar que ele namorava com Milly, e que eu não quero nada com ele... Bem, queria. Mais... Só queria.

—Me solta!

Ele me olha como se não entendesse nada, na verdade nem eu entendia!

Jorge: Beijo tão mal assim?

—Sai da minha vida Jorge!!!

Jorge: Eu... Desculpa Megan, não estou te entendendo.

—Nunca mais se aproxime de mim!!

Jorge: Mais por que? me explica!!

—Você namora.

Jorge: Eu termino!

Ao ouvir aquelas palavras, não pude me conter... Eu não sabia direito sobre o que ele estava falando... Se aquilo era um “Eu gosto de você” ou um, “Eu termino e a gente fica”, ficou tudo muito confuso, e eu só consegui dizer:

—Some da minha vida.

Antes de sair, olhei para trás e ele estava sentado na poltrona. Não sabia explicar o brilho e um vermelho que havia em seus olhos. Será lágrimas? Não quis voltar atrás, sai pisando firme. Já estava escuro, não queria voltar pra casa... Fui até o mar que estava bastante agitado... Meus sentimentos estavam como o mar, nossa vida é como o mar! Tão calmo quanto, tão agitado quanto. Comecei a pensar sobre minha vida, sobre Jorge, eu estava apaixonada, mais nada é fácil... Por que? Sempre quando queremos algo, isso se torna impossível, é difícil... Nada é descomplicado, tudo é um quebra cabeça de 1,346 peças e, 1,344 vem quase igual, somente 2 se encaixam perfeitamente. Como já disse, meus amigos dizem que não sei aproveitar a fortuna que tenho... Mais, do que vale toda essa fortuna se nunca estou completa? Se não estou do lado de quem quero? Não faz sentido. Acho que é por isso que a maioria dos artistas se suicidam, se drogam, são viciadas... Sei lá. Prefiro o mar. Levanto calmamente, vou em direção ao meu prédio. Copacabana é tão linda a noite, coloco o pés no calçadão e sinto uma mão puxar meus braços. Pensei em gritar, mais parei ao olhar aquele azul e um olho que insendiava. Realmente, azul é a cor mais quente.

Jorge: Não me deixe...

Nada respondi.

Jorge: Preciso de você...

—Jorge...

Jorge: Não fala nada... Vem comigo?

Aquela voz soave chegou ao meu ouvido junto com o sussurar do vento: “com ele!
Involuntáriamente minhas mãos se estenderam e Jorge as agarrou, senti como se aquilo fosse de outras vidas, não acredito nessas coisas, mais senti isso... Algo forte!
Ele me levou até o mar... Sentamos e ficamos a observar. Minhas mãos estavam me apoiando na areia, ele pegou a que ficava ao seu lado. Fiquei sem reação...

Jorge: Não vá...

Tentei abrir a boca, mais nem um som se entoou.
Ele se afastou um pouco, deitou na areia e repousou a cabeça em meu colo. Eu só pude acariciar seus cabelos que eram negros como a noite. A última palavra que ele disse foi:

Jorge: Não sai daqui Megan... Preciso de você.

O barulho do mar era como uma canção de ninar. Dormimos na praia...

Oiieee... Gente, eu ñ estou com um pingo de vontade de continuar... Ñ tenho expiração pra nada. Desculpe a demora... Nem sei se ainda volto a escrever... Talvez isso seja um adeus.

Amada MeganOnde histórias criam vida. Descubra agora