Capítulo 2

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Capítulo: Helty


De longe, perto da janela embaçada pelo frio da madrugada, Angel via três homens conversando animados. Angel sabia que eles eram membros dos Toledo, um ômega, um beta e um alfa poderoso. Conseguia perceber apenas de sentir a presença dominante típica que os líderes de matilha emanavam naturalmente. Todos percebiam de longe o poder, dominância e segurança dos alfas bons.

Mas aquele alfa era um tapado, Angel pensou logo de cara na estupidez daqueles dois homens ao conversarem com um traidor.

Todavia, aquele lenga lenga acabaria no momento em que saíssem do bar. Sorriu de lado abaixando a cabeça imaginando a cena futura, como adorava premeditar todas as imagens em sua cabeça.

De canto de olho, observou atentamente o garçom levar três latinhas de cerveja em direção aos homens.

Ainda bem que controlei meu aroma. Pensou, ao ver o moreno do bando - provavelmente o alfa - lhe encarando profundamente.

Confrontou a investida do homem, lhe encarando do mesmo jeito, profundamente e afiada.

Preciso parar, posso chamar atenção. Repreendeu-se ao notar seu deslize, precisava manter o foco, desviou seus olhos da mesa onde os três homens estavam e pediu uma tequila para o garçom.

E que garçom, um homem lindo daqueles. Um homão da porra!

Sorriu com seus pensamentos pervertidos ao agradecer o homem com um aceno e uma piscadela. Quase riu ao ver as bochechas do garçom tomarem uma cor rosada e partir como um raio para longe da mulher sem filtro.

E os minutos foram passando lentamente e Angel acompanhou tomando mais algumas doses, ela estava sóbria. Lobos precisariam de mais para embebedar, principalmente aquela loba.

Perto do horário do bar fechar as portas, a mulher bufou frustrada com a enrolação dos três lobos do outro lado. Quando, enfim, desviou seu olhar para a mesa onde - finalmente - os homens pagavam a conta para irem embora.

Era o momento.

Se levantou chamando atenção de todos ali presentes, seguiu em direção a bancada jogando alguns dólares e piscando para o garçom antes de dar meia volta, andando para fora com passos firmes.

Caminhou despreocupada em direção a porta com as mãos no bolso da jaqueta, os olhares se mantiveram nela mesmo depois do sininho do bar tocar anunciando sua ida, levando embora a aura misteriosa e perigosa da bela mulher.

(...)

Mesmo após a saída da presença inusitada de vestes pretas, Willian ainda estava com uma pulga atrás da orelha. Algo em seu interior se remexia incomodado com a ida da mulher e aquilo deixou o alfa louco e irritado.

— Então, vamos? — Michelangelo disse meio confuso ao perceber o clima tenso e misterioso após a ida de Angel.

— Vamos... — murmurou levantando da cadeira se ajeitando, bagunçando seus cabelos fazendo algumas mundanas suspirarem pela beleza do alfa Willian. Ele era bem desejado na alcatéia, mesmo não ligando para as lobas solitárias babando em si, ele jurou que nunca levaria uma loba de sua alcateia para a cama, somente humanas e ninfas já que ambas não podiam engravidar de sobrenaturais exceto os vampiros.

Ouviu de alguns boatos pelo mundo sobrenatural de um vampiro que engravidou uma humana e eles tiveram a soberana do mundo vampiro.

A imperatriz Maggie Vampers.

Willian suspirou ao sair do bar sentindo a brisa fria da madrugada, fitou o céu escuro daquela noite, de repente um calafrio passou por sua espinha trazendo consigo uma sensação ruim e amarga. Tentando não ligar muito para os seus sentidos, deu de ombros, puxando um maço de cigarro do bolso da jaqueta e acendendo logo em seguida.
Resmungou em desagrado quando Michelangelo estendeu sua mão, pedindo um trago também.

A Guerreira Negra - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora