Melhor que o gosto, é o cheiro
Que cheiro delicioso tem o café!
E que pomposo sentar-se num café e
Saborear devagar um expresso!
Sentimo-nos gente, merecemos issoSe o paladar for sensível
Pode ser um cortado
Mas um cortado, não um pingado
Ou simples café com leite
E nunca o contrário!
Assim, ao olharmos para a xícara
E não importa o tamanho dela,
Embora aprecie as maiores para o leite,
Podemos ver aqueles dois furinhos
Que a máquina do expresso cria sobre a espuma
Que lindos!
Dois pontinhos mais escuros
No meio do branco da espuma
O que lembram? A que remetem?
Pouco importa, mas é sutilColocar o adoçante, o açúcar, a colher
Sempre obedecendo a essas marcas, esses furos
Sem ferir o restante da espuma
Depois, devagarinho
Mexer e vê-la se desmanchando
Misturando-se e formando uma só espumaE saborear
O gosto, o cheiro, o local
E muito cuidado com o que acompanha
Melhor sozinho do que com uma companhia
Que tire o gosto do café
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Você Já Escutou O Silêncio
Thơ caAproximando-se dos sentimentos básicos da existência com esse olhar de espanto, Spinelli faz lembrar, mas só de leve Alberto Caeiro do " Guardador de rebanhos ", Mário Quintana de " Sapato florido ", o lirismo sem afetação de Monuel Bandeira e, talv...