Capitulo 2

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     Eu e a Camille ficámos na praia até por volta da 1 da tarde. Fomos para minha casa e ela ficou lá a almoçar comigo, com os meus pais e com o meu irmão. No fim do almoço ela foi para a casa porque ia arrumar as malas para ir passar o resto das férias a Miami com os nossos amigos, que já lá estavam há duas semanas. Eu tinha de ficar em casa pois tinha de ir para Inglaterra uma semana antes de eles voltarem e tinha muita coisa para tratar. Coisas por embalar, documentos para tratar e queria passar tempo com a minha família.

     Fui passar o resto da tarde a casa da Camille a ajudá-la a fazer as malas. Um pouco antes da hora de jantar voltei para minha casa a ajudei a minha mãe a fazer o jantar. Uma coisa que jogava a meu favor, e me ia ajudar muito em Inglaterra, era o facto de eu saber cozinhar e bastante bem. Iria ser uma coisa muito útil. Com o jantar pronto, chamámos o meu pai e o meu irmão que estavam na sala a ver um jogo da NBA. Assmi que eles decidiram aparecer começámos a jantar.

     Mãe: A vossa irmã ligou.

     Eu: Como é que ela está?

     Mãe: Está bem. Está a adorar o novo emprego.

     Nathan: Fico contente pela Gwen. 

     Eu: Eu também. Foi pena ela não ter cá vindo nas férias.

     Mãe: Foi mesmo. Mas ela começou agora a trabalhar e não podia vir de Washington até San Francisco por causa disso.

     Eu: E o Richard como está?

     Mãe: Também está bem. 

     Nathan: Bem aquela relação já dura á anos! Cheira-me que dali ainda vai sair casamento. 

     Eu: Era lindo que sim! Eles ficam super bem juntos e adoro o Richard. Ele é super simpático e muito querido para a Gwen.

     Mãe: A Rachel vai para a universidade, a Gwen começou agora a trabalhar como advogada em Washington e agora vocês até já me falam em casamentos. Estou-me a sentir tão velha!

     Eu: A mãe não é nada velha! Nem a mãe nem o pai. Vocês têm uma alma de jovens e parecem jovens.

     Mãe: Sim claro. Eu sou uma jovem! Mas vocês cresceram tão depressa. A Gwen já trabalha, o Nathan está no terceiro ano da universidade e tu Rachel vais daqui a duas semanas para a universidade em Inglaterra. Sabia que isto ia acontecer um dia mas não pensei que acontecesse assim tão rápido.

     Eu: Ohhh mãe… vai outra vez repetir a choradeira que fez quando eu fiz 18 anos?

     Mãe: Não. Mas sabes que isto é complicado para mim e para o teu pai. És a nossa mais nova. A nossa bébezinha.

     Eu: Mas vou sempre continuar a ser a vossa mais nova, não se preocupem... Ahaha.

     O jantar continuou e quando acabei de levantar a mesa fui para o meu quarto. Fiquei a ler durante um bocado. Estava cansada e quando acabei o livro fui-me logo deitar.

     No dia seguinte, acordei e vesti-me. Tinha de me ir despedir da Camille. Ela ia para Miami e quando voltasse eu já estaria em Inglaterra. Fui então até casa dela e despedi-me antes que ela fosse para o aeroporto. Só a ia voltar a ver em Dezembro, quando fosse passar o Natal a San Francisco. Depois de uma despedida emotiva, voltei para casa. O meu irmão estava na sala a ver televisão. Fui-me sentar ao lado dele.

     Nathan: Então, a Camille já foi para Miami?

     Eu: Foi agora. Ou seja voltei a ficar sozinha aqui. Estão todos em Miami.

     Nathan: Tens aqui o teu maninho. 

     Eu: Pois tenho. É de aproveitar a companhia dele visto que daqui a duas semanas já não a vou ter.

     Nathan: Eu ainda estou para ver como é que tu vais sobreviver lá sozinha em Oxford.

     Eu: Ahaha. Não te preocupes que eu vou me safar lá. Mas vou ter muitas saudades vossas.

     Nathan: A minha maninha está crescida.

     Eu: Vais começar como a mãe?

     Nathan: Ahahaha. Claro que não. É apenas estranho ver que a minha maninha mais nova já não é a pequenina que era antes.

     Eu: Cresci. E olha, que achas de irmos jogar um bocado de basquete lá para fora?

     Nathan: Siga!

     Fomos os dois para a entrada de nossa casa onde desde sempre tivemos um cesto de basquete. Desde que eramos pequenos, eu e os meus irmãos, a Gwen e o Nathan, fartávamo-nos de jogar lá aos fins-de-semana, nas férias e aos finais do dia. Era uma coisa de irmãos. Cada vez que estávamos os três em casa passávamos tardes inteiras a jogar. Eu adorava esses nossos momento. Eu sempre adorei desporto e exercício físico. Eu e o Nathan ficámos até á hora de almoço a jogar. Depois de almoçar, eu fui até ao centro da cidade fazer algumas compras. Comprei essencialmente livros. Precisava de comprar alguns para ficar com uma reserva deles em Oxford. Eu adorava ler e lia imenso. Sentia-me levada para outra realidade quando lia. E eu adorava isso.

     Quando voltei a casa fui tomar um duche. Quando sai do chuveiro e vesti um robe fiquei a olhar-me ao espelho. Não gostava nada de ver o meu cabelo quando saia do banho. Quando ele estava molhado ficava tão diferente de como ele era no meu dia-a-dia. O meu cabelo era castanho e tinha alguns canudos naturais nas pontas e achava sempre estranho quando o via molhado ou quando o alisava ou fazia uma coisa diferente com ele. Reparei que nesse Verão tinha ficando ainda mais bronzeada do que já era antes. Algo que em Inglaterra não me ia fazer passar despercebida de certeza pois lá os ingleses são um pouco pálidos. Olhei ainda para os meus olhos castanhos. Eram tão normais mas eu gostava bastante deles.

     Sai então da casa de banho e fui para o meu quarto. Fiquei um pouco por lá a empacotar algumas das minhas coisas e só paei quando a minha mãe me chamou para jantar. Após o jantar, voltei para o meu quarto e fui dormir.

     As duas semanas seguintes passaram depressa. Quando acordei na manhã em que ia partir para Inglaterra senti-me de certa forma triste, nervosa mas também ansiosa pela hora do meu voo. Vesti-me e desci até á entrada de minha casa onde passei por todas as malas e caixotes que lá tinha colocado na noite anterior. A minha mãe estava na cozinha e tinha na mesa um pequeno-almoço cheio de coisas típicas de um pequeno-almoço britânico.

     Mãe: É para te ires habituando.

     Panquecas, bacon, ovos e muito mais. Entretanto, o meu pai e o meu irmão acordaram e acompanharam-me a comer aquele pequeno-almoço delicioso. Após termos acabado a refeição, fomos todos pondo a minha bagagem no carro da minha mãe. Assim que ficou tudo arrumado estava na hora de me despedir dos meus pais uma vez que ia ser o meu irmão a levar-me até ao aeroporto. A minha mãe fartou-se de chorar e o meu pai não parou de me dar conselhos sobre tudo um pouco. Eu confesso que a quando de me despedir deles deixei cair algumas lágrimas. Custava saber que ia ficar meses sem os ver. Só ia voltar a San Francisco na época de Natal. Assim que a despedia foi feita, meti-me dentro do carro com o meu irmão e ele arrancou. Fui de janela aberta enquanto acenava aos meus pais que assistiam á minha partida na entrada de nossa casa.

     Cheguei ao aeroporto e o Nathan foi comigo ajudar-me com a bagagem até ao local do check-in. Assim que me despachei dai, estava na altura de me despedir do meu irmão.

     Nathan: Vê se tens juízo lá maninha!

     Foram as últimas palavras que ele me disse antes de eu entrar na área do aeroporto apenas exclusiva aos passageiros. Quando a informação sobre o meu voo se fez ouvir pelo aeroporto, dirigi-me de imediato para embarcar. Sentei-me no meu lugar. Era mesmo ao lado de uma janela.

     Assim que o avião ficou cheio de passageiros e se ouviu os avisos dos assistentes de bordo e do comandante, o voo descolou. Olhei então pela janela. Comecei a ver-me a sair do meu pais. A sair do meu pais para ir para um local completamente novo para mim. Mas onde eu tinha a certeza que traria para mim muitas oportunidades. Tanto para realizar o meu sonho como para construir o meu futuro. E quem sabe as surpresas que esta aventura que eu estava a começar me poderia trazer....

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