Capitulo 5

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Entreguei então o meu trabalho á minha professora de crítica literária. Estive ainda a falar com ela um pouco, a cerca da minha avaliação. Quando sai da sala onde lhe tinha entregue o trabalho, fui logo ter ao gabinete do Mr. Lawson. Bati á porta.

     Mr.Lawson: Entre.

     Abri a porta e entrei.

     Eu: Queria então falar comigo Mr. Lawson?

     Mr. Lawson: Menina Barker. Queria sim. Entre. Sente-se.

     Apontou então para a cadeira que estava á frente dele, do outro lado da secretaria do gabinete. Sentei-me então na cadeira.

     Mr. Lawson: Menina Barker, tenho ficado bastante impressionado com o seu trabalho no jornal.

     Eu: Muito obrigada. É uma honra ouvir e saber que tem essa opinião.

     Mr. Lawson: Tenho pois. Você dedica-se a mais de 100% aos seus artigos, a tudo o que lhe pedem para fazer e até se voluntaria para mais e é excelente em tudo aquilo que realiza. Ou eu muito me engano ou você vai ter um futuro brilhante no mundo do jornalismo um dia.

     Eu: Muito, mas mesmo muito obrigada por me estar a dizer isso. Nem sabe o que significa ouvir isso. Principalmente vindo de si.

     Mr. Lawson: Menina Barker, sabe que eu estive bastante anos a trabalhar na BBC e continuo a ter bastantes contactos com directores e jornalistas tanto dos canais de televisão como das estações de rádio.

     Eu: Eu sei. Tive conhecimento de grande parte dos seus trabalhos e admiro-os bastante.

     Mr. Lawson: Muito obrigada. Adorei os anos que lá passei a trabalhar mas aqui em Oxford, a ensinar, é onde eu me sinto bem. Mas, como lhe disse, a menina tem me impressionado bastante com os seus trabalhos e a sua dedicação. E confesso que já a vi fazer algumas apresentações para algumas cadeiras que você frequenta e vi que tem um grande á vontade a falar e uma grande capacidade de comunicação. Por isso, e apesar de ainda só trabalhar consigo há dois meses e algumas semanas, fiz algumas chamadas e falei com vários directores tanto da área da informação como nas áreas das rádios BBC e nos canais de televisão da BBC, e falei-lhes do seu trabalho e no imenso potêncial que sei que a menina tem e possui. E dei-lhes a sugestão de criarem um estágio para si. Eles acharam uma ideia interessante mas gostariam de ver mais algum do seu trabalho e querem que lhes entregue um artigo integralmente escrito por si com o tema á sua escolha. Isto claro, se a menina Barker quiser aceitar o estágio.

     Eu: Está a brincar? É claro que aceito o estágio! Claro que aceito! E claro que posso fazer o artigo! Preciso de alguns dias mas claro que o faço! Este estágio é uma grande oportunidade para mim Mr. Lawson. Posso até dizer que é um sonho! Muito obrigada pelo voto de confiança que me deu e esta grande oportunidade que me pretende proporcionar.

     Mr. Lawson: Está á vista que a menina Barker merece reconhecimento. Mas ainda não está nada garantido. A sua entrada no estágio está dependente do artigo que escrever. Eles vão dar um grande peso a isso.

     Eu: Compreendo. 

     Mr. Lawson: E tenha noção que caso seja aceite no estágio, e uma vez que as instalações da BBC estão em Londres, que fica a uma hora daqui de Oxford como já sabe, iria ter menos tempo para se dedicar aos estudos, apesar de você não ter de ir ás instalações todos os dias da semana mas mesmo assim é um facto que vai acontecer de certeza.

     Eu: Eu arranjaria uma forma de me organizar e continuar com bons resultados. Eu sei que sim!

     Fiquei a falar com o Mr. Lawson durante um grande bocado. Quando acabei de falar agradeci-lhe por tudo mais uma vez e sai do gabinete. Assim que fechei a porta deste e vi-me sozinha no corredor, comecei aos saltos e a dançar ás voltinhas! Aquilo parecia um sonho! O meu objectivo parecia estar cada vez mais perto de alcançar. Só tinha agora uma coisa a fazer para ficar mais perto do meu objectivo… Dar o meu máximo e dedicar-me totalmente a escrever um artigo. Assim que sai do gabinete e voltei para o meu quarto para ir buscar os meus livros para uma aula que ia ter.

     Passei os dias seguintes no meu quarto a escrever o artigo. Apenas sai para ir a aulas, quando tinha de ir á biblioteca ou quando ia almoçar, tomar o pequeno almoço ou jantar na cantina com a Emily e com o resto dos meus colegas. Eu fazia imensas noitadas também, porque era ai que me ocorriam mais ideias apesar do cansaço. 

     Era Sábado á noite. Ainda não tinha ido jantar e estava em volta do computador a escrever o artigo. Estava ainda tão atrasada. Quando ouvi alguém a bater á porta calculei que fosse a Emily.

     Eu: Entre.

     A Emily abriu a porta. Eu nem tirei os olhos do ecrã do portátil.

     Emily: Sempre vais á festa?

     A festa… Pois, era nessa noite…

     Eu: Ups. Não vai dar mesmo. Estou mesmo atrasada no artigo. Tenho de o acabar e melhorar.

     Emily: Tu estás á dias aqui trancada a fazer o trabalho. Aposto que já o acabas-te e recomeças-te novamente mais de 30 vezes. E de todas devia estar optimo! Tu precisas de descansar Rach, precisas mesmo. Vem lá á festa.

     Eu: Não dá mesmo.

     Emily: O Ethan vai ficar muito triste por não ires…

     Eu: Temos pena. Que fique.

     Emily: Vai ficar destroçado… Tadinho… Vais partir o coração a um membro da família real…

     Eu: Emily, primeiro, ele não está interessado em mim e segundo, tenho bastantes certezas que é muito pouco provável ele ser da família real…

     Emily: Claro que está! E claro que é! E tu estás a desperdiçar uma oportunidade das boas! Imagina-te a ti, a seres convidada para os jantares na casa real, a tomares chá com a rainha e com a Kate Middleton…

     Eu: E a apresentar-te ao principe Harry… Acertei?

     Emily: Vês como sabes!

     Eu: Sim Emily. Já vi que tens esperanças em tornares-te a próxima Kate Middleton…

     Emily: Sonhar é bom… Mas eu já estou atrasada. Tenho de ir. Mas tens a certeza que não vens mesmo?

     Eu: Tenho. Eu vou na próxima.

     Emily: Jura que vais na próxima festa a que eu for!

     Eu: Eu prometo que vou.

     Emily: Prometes-te e vais cumprir. Deixo-te ficares cá mas na próxima festa que eu for já sabes. Tu vais. 

     Eu: Ok. Vai e diverte-te.

     Emily: Vê se fazes o mesmo. E tenta dormir um bocado pelo menos.

     Eu: Vou tentar.

     A Emliy saiu então do meu quarto. Eu continuei a trabalhar no meu artigo. Ainda tinha tanto por fazer. Fui rapidamente á cantina e comi uma sandes. Enquanto ia a caminho reparei no barulho que estavam a fazer na festa. A festa tinha sido organizada por uns alunos num corredor dos dormitórios. Estavam quase sempre a haver festas ai. Eu tinha ido a algumas, mas aquela não podia mesmo ir. Voltei para o quarto e continuei a escrever o artigo. Quando olhei para o relógio eram 3 da manhã. Estava tão cansada. Eu tinha o rádio ligado e nem tive paciência para o ir desligar quando me deitei. Apenas deitei-me em cima da minha cama. Vestida e sem me tapar com os lençóis.

     Acordei na manhã seguinte e vi que nem sequer tinha trocado de roupa para o pijama. Dirigi-me então para o meu armário para escolher uma roupa para me trocar. Passei o domingo inteiro novamente a trabalhar no artigo. Eram 11 da noite quando mandei para o email da BBC que o Mr. Lawson me tinha dado para quando eu acaba-se o artigo. No dia seguinte entreguei o artigo ao Mr. Lawson. Ele disse que o artigo estava extremamente bom mas mesmo assim continuei nervosa. Eu queria tanto conseguir o estágio. Era a coisa que eu mais queria naquele momento. 

     Passou-se uma semana e eu esperava ansiosamente uma resposta ao artigo que tinha mandado para a BBC. Acordei então nessa manhã de segunda feira e como sempre, abri os meus e-mails. Tive um mini ataque de pânico e também de coração quando vi na caixa de e-mails recebidos um que tinha como remetente a BBC…

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