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-Louis, seu psiquiatra e eu queremos começar um novo tipo de remédio.- Dr. Paulson diz enquanto Louis se senta.

-O que?- Louis pergunta, pegando um pirulito roxo.- Você não lembra como foi dá última vez?

-Não antipsicóticos.- Dr. Paulson diz.- Aquilo foi um erro, eu sei.- Ele suspira, mexendo em seu cabelo.- Foi um erro.

-Que tipo de remédio então?- Louis pergunta, abrindo o pirulito e colocando em sua boca.

-Lorazepam.- Diz Dr. Paulson.- Ativan.

Louis franze a testa.- Isso não trata ansiedade? Eu sou ansioso?- Ele pergunta.

-Trata insônia.- Diz Dr. Paulson.- Honestamente, Louis, você está começando a parecer um esqueleto. Um que precisa de uma boa noite de sono.

Louis dá de ombros.- Acho que estou bem.

Dr. Paulson suspira.- Sua mãe diz que consegue te ouvir falando sozinho as 3 da manhã. Todas as noites.

Louis abre a boca para falar que não é ele falando, mas desiste.

-Estou bem.- Ele diz em vez disso.

-Louis, eu realmente não acho que está dormindo o suficiente.- Dr. Paulson diz calmamente.- Você parece exausto, sempre.

-Estou bem.

-Louis, isso é sinceramente o que acho melhor pra você.- Dr. Paulson diz de forma gentil.

Louis o encara.- E por que você se importa com o que é melhor para mim?- Ele se aproxima destemido.- Eu não acho que você se importa.- Ele diz, colocando a mão no rosto deliberadamente.

A expressão de Dr. Paulson muda.- Louis.- Ele começa, depois para.- Louis, eu sinto muito, muito mesmo.

Louis vira os olhos, encostando.- Tanto faz.

O doutor suspira coçando os olhos.- Não há desculpas para isso, mas, Louis, isso é realmente para seu próprio bem.- Ele tira outro pedaço de papel e escreve algo nele.- Eu vou falar com seus pais, e assim que eles aprovarem, vamos começar com o Ativan. Ok, Louis?

-Tanto faz.- Louis diz novamente.

Dr. Paulson suspira de​ novo, mexendo no anel em seu dedo esquerdo.- Ok. Agora, Louis, andei pensando...

-Pare com isso.- Louis diz, irritado.

Dr. Paulson para.- Parar o que?

-Pare de colocar meu nome em toda frase dirigida a mim.- Louis diz.- Eu sei qual é meu nome, ok?

-Força do hábito, Lo... Força do hábito.- Dr. Paulson diz.

Louis dá uma risada seca.- Odeio meu nome.

-E por que isso?- Dr. Paulson pergunta, escrevendo algo em seu caderno.

-É só um lembrete que ninguém é único de verdade.- Louis diz.- Ninguém é realmente especial.

Dr. Paulson deixa seu caderno na mesa, parecendo intrigado.- Poderia elaborar mais?- Ele pede.

-Certamente.- Louis diz.- Sabe, tem alguém lá fora chamado Louis Tomlinson​. Talvez não agora, mas terá. Talvez até dois, dependendo o quanto viver.- Ele para mexendo no queixo.- E se existem realmente infinitos universos, existe um número infinito de Louis Tomlinsons, dizendo exatamente a mesma coisa que estou dizendo, pensando exatamente a mesma coisa que eu estou falando. Sim, existe um número infinito de mundos onde Louis Tomlinson é um encanador que se traveste no seu tempo livre, e nunca considerou outros universos, mas isso também significa que também existem infinitos mundos que são réplicas exatas desse. E se isso for verdade, não há razão para ninguém se sentir especial.- Louis fala pensativo.- Você pode argumentar, claro, que não há universos paralelos, mas mesmo assim, ainda vai existir alguém com seu nome em seu passado, presente, ou futuro. E eu li que todos nós temos doppelgängers não vivam ao mesmo tempo.- Louis suspira.- Pra que ser único?

Dr. Paulson o encara.- E é por isso que não gosta do seu nome?

Louis ri um pouco.- Uma versão mais longa do porque, sim.

-É com certeza interessante.- Dr. Paulson diz.- Eu definitivamente vou pensar bastante sobre isso mais tarde.

-Legal.- Louis diz honestamente.- Acho que todos nós deveríamos pensar nisso pelo menos de vez em quando. Para encher a mente, sabe?

Forest | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora