o badalar

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Ao badalar das sete a rua estava vazia, o vento ecoava soprando por cada canto da pequena cidade, a escuridao engolia todos os feixes de luz, nessa cidade nenhum som zuniu apenas o choro de uma criança, um menino, um pequeno garoto.

Com os olhos esbugalhados e o corpo tremulo e frio Nathan chorava chamando por seu pai.

Papai, papai, pap....

O seu desespero não o deixava gritar mas sua voz ecoava por toda a casa.

Tomada pelo escuro a cidade se mantinha ainda em silêncio, portas e janelas fechadas, a igreja localizada no centro ainda badalava o quinto ding dong enquanto o vento soprava sem direçao.

No ultimo badalar todo parou, o vento parou de soprar o relógio seu tic tac e Nathan seu medo, a cidade congelou as sete horas e o chao se abriu, do céu finalmente um feixe de luz, da terra nada além da escuridao.

A luz do ceu ficava cada vez mais forte a ponto de iluminar quase toda a cidade, porém não era capaz de clarear o chão, um feixe de luz caiu como um raio do céu, uma luz amarela formando um moinho no chao, um moinho escuro, logo outro feixe de luz amarelo dando forma a outro moinho, os feixes de luz caiam como raio mas não chegavam até o solo, flutuavam, logo criaturas sem pé nem cabeça começaram a emergir do chão e os feuxes os atacavam.

Aquela era uma batalha entre anjos e demônios, sem clavas espadas nem escudos os anjos atacavam as criaturas que acendiam aos céus enquanto anjos descendiam a terra, milhares de criaturas eram esmagadas e seus corpos se desmaterializavam, como papel queimado suas cinzas caiam, alguns anjos pereciam, suas asas eram arrancadas e eram espancados até retornar ao céu como um feixe amarelo.

Criaturas com assas na mão pulavam e devoravam as penas que sobravam dos derrotados, anjos atacavam sem se cansar, queimando seus inimigos.

Uma grupo de criaturas atacavam um anjo que se debatia enquanto era mordido, esfaqueado com os dentes maliciosos e afiados dos seres infernais ate ser mandado de volta para o céu, as criaturas cairam em um telhado e rolaram até o chao, uma delas quebrou a fina telha e caiu em um quarto, a criatura pulava e festejava a pena que havia sobrado de seu inimigo, rodopiando em saltos, antes que pudesse parar o ser viu um garoto, Nathan, parado encolhido e com medo, sem poder gritar, o ser infernal o cheirava e o rodeava afim de o devorar o lambia para sentir seu gosto, o tocava para sentir sua carne, a criatura abriu sua enorme boca mas antes que pudesse devorar Nathan, foi surpreendida por um feixe de luz, uma luz branca, clara, forte, um anjo com correntes nos braços e nu, a criatura gritou de raiva e atacou o anjo celeste com suas presas, o anjo o agarrou pela cabeça e a esmagou ao inves de sangue oque restou na mão do celeste foi cinzas em braza.

O anjo soprou as cinzas, Nathan despertou de sua paralizia em um grito aterrorizante ao ver o anjo, esbugalhou seus olhos e berrou- papaaaaaai - e ficou ali olhando para o anjo, a luz não o permitia enxergar seu rosto, por minutos que pareceram horas o anjo ficou ali de frente para Nathan o observando e Nathan também, mesmo aterrorizado ele olhava para as correntes enroladas no braço do celeste, correntes negras mas cobertas por sangue, o cheiro de vinho da carne

Juntando todas as suas forças Nathan tremitava seu braçao na direçao do celeste, e apontou para o anjo, um feixe de luz se fixou por tras do anjo e Nathan viu uma menina, nua, olhando pela janela, com correntes no pescoço a pequena menina olhou para Nathan e então ele viu, o rosto da pequena jovem derretia como plastico com a pele caindo no chao em gotas, Nathan viu um sorriso ou apenas os dentes expostos junto de metado do rosto da jovem que ainda derretia como se queimasse em fogo alto.

O anjo abriu suas assas tapando a vizao do menino, eram asas negras e grandes, largas e pontudas, o menino estava apavorada com a imagem que não saia de sua cabeça, derrepente tudo ficou em silêncio novente e o anjo ascendeu ao céu como um feixe de luz branca, nathan ainda com muito medo não consegui levantar, o menino chorava e tremia sem forças para gritar ou sussurar por ajuda, pela janela cinzas caião em braza do alto e penas flutuavam com o vento.

Momentos depois a porta se abriu e um homem apareceu, vestido com uma beca e com um livro na mão segurou Nathan.

Vamos filho, vou levalo até a igreja.

Nathan sorriu em um alivio porém nao conseguia parar de olhar para a janela recriando os momentos que acabou de ter vivido, estava pasmo, tão pasmo que desmaiou nos braços do homem.

Ó PAI POR QUE ME ABANDONOU.

CelesteOnde histórias criam vida. Descubra agora