Esse café está amargo,
Não tão amargo quanto o sangue que corre em suas veias.
No seu coração há um âmago sabor
Que envenena teu sangue
E o enaltece ao mesmo tempo.
Seu rosto engana pessoas
Com o coração inocente como meu,
Como o dela, como o de todas nós.
Seu amor é laço,
Pronto pra ser desenozado -
Vou desmentir na sua cara
Todas as histórias que me contasse nas entrelinhas.
Tuas mãos calejadas
Foram feitas para segurar corações
E enroscar-se neles como uma cobra,
Matando aos poucos,
Coagulando e apertando.
Sua história é diferente
Do contexto que provoca o seu sorriso.
Tão cruamente
Que acho que sua maior vítima
Ainda é você mesmo.
Agora eu entendi o que faz
Aqui com pessoas como eu -
Como eu não
Porque eu não sou como eles.
De qualquer forma,
Eu estive pensando
E o pensamento desabou como uma casa de cartas.
Toda mentira
É gêmea de uma verdade -
Procurei em teu sangue beber as verdades
E engoli a força mentiras,
Acreditando como se estivesse delirando
Que elas eram a realidade.
Mas se você me enganou;
Eu enganei você também.
Eu procurei por você -
E você não me avisou
Que já tinha se perdido há muito tempo.
Eu não nasci para te salvar,
Meu bem;
Não nasci para salvar ninguém
Que parece um anjo
Com o sangue fora da validade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Hiraeth
PoetryHiraeth: "Uma saudade de um lugar que você nunca pode retornar, um lugar que talvez nunca tenha sido; A nostalgia, o anseio, o sofrimento pelos lugares perdidos do seu passado" Depositório de pensamentos cheios de liberdade poética 🗯️ PLÁGIO É CRIM...
