O monstro está aprisionado agora, não é?
Longe das memórias que o poderiam alimentar.
Como se estivesse preso em uma placenta,
Há um barulho surdo enquanto ele se debate.
As noites são longas perto do fogo,
Frias e infinitas longe dele.
Nós temos que seguir em frente;
É o que todo sobrevivente faz.
Em prol da vida, matamos algumas coisas –
É natural.
O amor é tão alcançável quanto algo que já passou;
Ou o seu amor o é, ao menos.
Você é como alguém sobre quem me contaram histórias durante toda minha infância,
Cresci te conhecendo, mas não de verdade.
Você é a única parte do que eu vivi
Que eu nunca quis apagar.
Houve um fogo que se alastrava
Por tudo que eu amava;
Você partiu quando já era tarde.
O pôr do sol em seus lábios, eu nunca esqueci.
Honrei-te como nunca havia feito,
Fui a guerra contra tudo que era importante pra mim
Em prol de algo que eu queria tanto.
Eu ainda quero;
É uma febre estar distante – estando tão perto.
Você é como um imã para mim:
Irresistível.
As tragédias: elas nós podemos deixar para trás.
Não há nada de errado
Naquilo que ainda não aconteceu.
Não há crime algum
Em uma mão recém-nascida.
E é isso que eu sou,
É isso que me fizesse:
Um renascido.
Amei-te como, na felicidade, jamais o faria.
A ferida transformou um deus em um mero humano.
O puro é o que sobrevive depois do fogo,
A ânsia é aquilo que fica quando o desejo se esvai.
Já é tempo, amor,
De encarar nossos pesadelos encarcerados –
Para não nos tornarmos eles novamente.
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Hiraeth
PoetryHiraeth: "Uma saudade de um lugar que você nunca pode retornar, um lugar que talvez nunca tenha sido; A nostalgia, o anseio, o sofrimento pelos lugares perdidos do seu passado" Depositório de pensamentos cheios de liberdade poética 🗯️ PLÁGIO É CRIM...