IV

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Olá, amores. Adivinhem quem está  morrendo de gripe? Eu mesma. Adivinha quem inventou de beber na festa de casamento que fui ontem? Eu mesma. Adivinha quem piorou? Eu mesma. Pois é, estou só viva mesmo, mas fazer o quê? Boa leitura. Kkkk

Abri os olhos, recebendo a claridade como condição e a dor de tal ato como consequência, o que me fez virar a cabeça à fim de fugir da luz. Onde eu estava?

-Finalmente acordou, Jauregui. - Normani se encontrava de pé à minha frente, com as mãos apoiadas na cintura.

Foi aí que eu notei que estava literalmente jogada sobre o sofá. Passei a mão pelo rosto e bocejei lentamente para ao mesmo tempo coçar os olhos.

-Diga algo, Jauregui! - Exclamou. Porém antes que eu pudesse argumentar ela continuo a falar. -Espero que esteja envergonhada dos seus atos, você agiu como uma verdadeira criança, Lauren Jauregui. Eu estou desapontada com você.

-Que horas são? - Questionei, espreguiçando-me.

-Que horas são? Que horas são? É isso que tem a dizer depois do que eu falei? Se você quer mesmo saber são três da tarde e por sua culpa eu não fui à faculdade, para ficar aqui cuidando de você, sua maluca!

-Não precisava ter ficado para cuidar de mim. - Comentei, sentando sobre o sofá.

-É assim que me agradece? Ingrata você, Jauregui! Na próxima eu te deixo jogada na rua.

Não entendia o motivo de ela estar tão irritada.

-O que aconteceu para você estar tão brava? - Questionei, apoiando os cotovelos sobre o joelho e deixando as mãos sobre o rosto.

-O que aconteceu? Então quer dizer que você não se lembra?

-Lembro do quê? Eu só bebi um pouco e depois voltamos para casa, não foi isso? - Eu não sabia muito bem se isso foi o que aconteceu, eu só deduzi.

-Quem dera se houvesse só isso. - Ironizou, erguendo o dedo indicador para o alto. -Você pagou o maior papelão da sua vida! - Arregalei os olhos e fitei-a ao ouvi-la falar.

-O que eu fiz? - Ela ignorou-me e continuou a profanar.

-Tenho até pena de Camila que estava aos prantos no telefone, você foi muito dura com ela. Você é uma idiota... - Ela começou a andar em círculos enquanto comentava.

-Camila? Do que está falando? - Ela parou e fitou-me.

-Vou te contar... Você bebeu muito e começou a ler a merda de um diário que sua avó havia deixado, então quando estávamos indo embora você inventou de ligar para alguém e esse alguém era ninguém menos que, Camila Cabello. Como você conseguiu o número dela, eu não faço a mínima ideia, mas eu sei que era ela porque depois que eu tomei o telefone de suas mãos eu me desculpei por você.

-O que eu falei para ela? - Estava esforçando-me para lembrar, mas era como um borrão em minha mente, nada parecia concreto e organizado.

-Coisas horríveis, eu me sentiria igual a ela se alguém tivesse falado para mim.

-Diga o que eu falei, Normani. - Pedi, já sem paciência.

-Você disse tantas coisas, mas consigo lembrar. - Ela olhou para o teto como se tentasse recordar. -Disse que ela era uma idiota e que ela quebrou seu coração, perguntou se ela estava feliz por ter conseguido partir seu coração, disse que ela era... Sei la. - Fitou-me, fazendo pouco caso. -Isso foi bem errado, e eu teria te batido naquela hora, mas você estava bêbada e eu estava com sono.

-Você não deveria ter deixado eu ligar, Normani. - Falei, passando as mãos pelo cabelo e fitando o nada.

-Eu? Não tive como impedir. - Defendeu-se.

Estações - Inverno (2° Temp)Onde histórias criam vida. Descubra agora