VI

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Inchei meu pulso, porque passei das 9 horas até agora escrevendo este capítulo para vocês, espero que me agradeçam. hahaha Ta doendo muito mesmo. 

Boa leitura, meus amores. 

Aqui estou eu, segurando meu aparelho celular enquanto dava voltas pela sala, pensando sobre ligar ou não para Ashley. Era fim de tarde e eu acabara de chegar da Universidade, estava completamento cansada, mas disposta para fazer ao menos essa ligação. Parecia tão assustador, eu nunca havia tido um encontro e não sei se estava preparada para isso. 

–Se continuar dando voltas assim, vai acabar fazendo um buraco no chão. - Alertou Ally.

–Para com essa merda. - Disse Normani, caminhando até mim e tomando o celular de minhas mãos. 

–Ei, me devolve! - Exclamei, enquanto ela discava algo em meu telefone. 

–Problema resolvida. - Ela entregou-me o celular. –Coloca no ouvido, está chamando. - Obedeci-a.

Alô? Quem é?  

–Oi, é Lauren. - Troquei de orelha, colocando o aparelho na direita. 

Oi, Lauren. Estava esperando por sua ligação, pensei que não fosse ligar.   

–Pois é, estive ocupada e não pude ligar antes. Desculpe. - Sentei no sofá, ao lado de Ally. –O que acha de sairmos amanhã? Quer dizer, se você não estiver ocupada, eu adoraria te levar para sair... An. - Não sabia o que dizer, mas assustei-me ao ouvi-la me interromper. 

Não, eu não tenho nada que me impeça de sair com você amanhã. - Ela riu, e isso me fez sorrir aliviada. 

–Certo. Posso te pegar na sua casa? 

Claro, eu te passo o endereço por mensagem, tudo bem?  

–Ótimo. Sábado, ás sete. 

Sim, certo. Até lá, Lauren. Beijo.  

–Até lá. Beijos. - Desliguei e percebi que as garotas mantinham olhares curiosos sob mim. –O que foi, suas fofoqueiras?

–O que ela disse? - Questionou Ally.

–Você deveria ter colocado no viva-voz, sua vadia. - Reclamou Normani, caminhando até a cozinha. 

–Vão cuidar da vida amorosa de vocês e deixem a minha em paz. - Falei, retirando-me da sala.

–Vê se escolhe uma roupa bonitinha para sair com ela. - Ouvi Normani falar e apenas neguei com a cabeça. 

Entrei em meu quarto, resolvendo ficar lá até que eu me sinta psicologicamente preparada para ter um primeiro encontro com alguém que realmente me chama a atenção. Eu sei que estou fazendo isso parecer algo muito assustador, mas para cada um de nós existe um medo, e o meu medo é de fazer algo errado e estragar tudo, não só para a minha reputação como para um futuro relacionamento. Pessoas comuns estariam completamente relaxados diante de uma situação como essa, mas eu não. Eu não sou comum. Eu sempre fui alguém excluído da sociedade durante minha infância e parte da adolescência. Eu não passei pela fase conturbada que todo jovem passa. Eu não frequentei festa. Eu não tive minha primeira vez. Eu vivi a maior parte da minha vida trancada em um quarto estudando ou jogando videogame, com exceção aos dois anos em que eu passei a chorar por uma idiota que não tem mais importância na minha vida. Não me arrependo de ter passado mais tempo em casa, pois isso me transformou no que sou hoje e no que serei amanhã.  

No dia seguinte...   

–Tia Laur, o que é descabelar a palhaça? - Questionou Marie, fazendo-me arregalar os olhos em pura surpresa.

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