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V

DEMOROU, MAS SAIU. BOA LEITURA. ASHLEY É O AMOR DA MINHA VIDA E NÃO ME MATEM POR TAL ATO. BEIJÃO NO CORAÇÃO.

Acordei ao som do despertador, fazendo-me levantar de imediato. Manhã de sábado, não há hora melhor para se ler um bom livro, na tranquilidade e completo silêncio. Sentia-me bem só em pensar que teria dois longos dias para cuidar de todas as minhas leituras atrasadas e dar um jeito em meu quarto que, vale ressaltar, está uma total bagunça. Caminhei em passos lentos até o banheiro, despindo-me e deixando as roupas dentro do cesto de roupas sujas. Entrei no box e liguei o chuveiro, deixando que a água caísse por meu corpo, fazendo com que meus músculos relaxassem.

A minha vida monótona continuou desde o dia em que vi Camila pela última vez. Sempre universidade e casa, as vezes vovó vinha aqui e me fazia companhia, o que tem sido desagradável, porque ela só sabe criticar-me e dizer que eu sou uma idiota por ter agido daquela forma com Camila. Elas são amiguinhas e parece que já andaram fofocando sobre o acontecido. Mulheres. O que estou dizendo? Eu também sou uma mulher. Não sei quando me tornei um homem, metodicamente. Eu me sinto diferente agora, eu sei que tirei um peso das costas, mas algo deixa meu coração estranho e fraco. Talvez eu devesse ir à um cardiologista e fazer alguns exames, ou isso é só algo normal que eu nunca havia notado antes, pois estava ocupada demais tentando fazer com que meu mundo parasse de girar em torno de Camila, e parece que parou mesmo, mas algo está errado.

Fechei o chuveiro e peguei a toalha, saindo do banheiro, enrolando-me na mesma.

–Mamãe Laur. - O grito da garotinha causou-me um susto.

Ela correu até mim e abraçou-me pelos joelhos. Fez-me sorrir verdadeiramente nessa semana.

–Oi princesa. - Peguei-a no colo. –Chegou faz tempo?

–Sim, alguns minutos. - Disse, passando o braço em volta do meu pescoço. –Você está nua, Laur? - Questionou, risonha.

–Você me pegou desprevenida, mas eu ao menos estou de toalha. - Defendi-me, seguindo seu riso.

–Vai se vestir, mamãe Laur. Vou te esperar aqui. - Ela beijou minha bochecha.

–Tudo bem, meu amor. - Coloquei-a no chão ao depositar um beijo em sua testa. –Senta na cama.

Virei-me e caminhei até meu guarda-roupa, retirando de lá uma lingerie, um short jeans e uma regata preta. De costas para Sophie eu me vesti, e quando estava pronta fiz um coque em meu cabelo e aproximei-me da garota que, brincava com o urso que estava sobre minha cama, acima do travesseiro.

–Estou pronta. - Atrai sua atenção ao falar e ela sorriu, deixando o urso de lado.

–Então vamos, mamãe Laur. - Ela se posicionou ao meu lado e puxou minha mão para sairmos do quarto.

Segui-a, apressando o passo para acompanhá-la, pois sua empolgação era tamanha que ela me puxava como se estivesse em um corrida e precisasse ganhar.

–Pronto, eu trouxe ela. - Falou Sophie.

–Onde está Ally? - Questionei, dando uma boa olhada em volta.

–Aqui. - Chamou minha atenção ao sair do corredor.

–Bom dia, Laur. - Normani surgiu ali, dando-me um beijo na bochecha.

–Oh...Bom dia. - Respondi com um tom de surpresa.

–Vamos, mamãe Laur? - Sophia pediu, puxando a barra de minha regata.

–Para onde? - Questionei, franzindo o cenho.

–No supermercado para comprar aqueles biscoitos, mamãe Laur.