Sabe, eu ainda sofro.
Digo ainda porque já passou, eu já perdoei, mas as marcas ficaram. Cicatrizes ficaram. O medo ficou.
Medo de acontecer de novo. Medo de nunca mais confiar. Medo de me entregar. Medo.
Não sei o que fazer com meus pensamentos. Não sei o que fazer com meus sentimentos. Não sei mais ser a cura. Ser aquela que acolhe e cuida. Não tenho muito mais a oferecer.
Sou como uma floresta desmatada, esperando reflorestamento? Você tem sementes, ou está desmatado também?
Duas terras secas não produzem frutos, sabe.
Há sementes que florescem nos lugares mais improváveis, mas tem que ter semente. E tem que ter chuva também.
Será que o tempo está a nosso favor? Eu não sei.
Era pra ser e não foi.
É pra ser e não será.
Não sei até quando consigo esperar. A terra tá seca demais. Sem semente, sem chuva, sem esperança.
Tá um tanto sem sentido, eu sei. Mas há de fazer sentido pra alguém, que como eu, não sabe porque ainda espera pela chuva em plena seca.
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Crônicas Ao Vento
Random[Revisando...] Pensamentos, sentimentos, e poesia... Aquilo que não podemos ver, mas sempre está ali... aquela brisa, aquele pensamento durante o café, aquele desejo oculto, tudo que não temos coragem de dizer. Mi casa, su casa... Seja bem vindo!
