Azul

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Hoje o céu tá azul como o cabelo de uma moça num certo filme com aquele ator.... Jerry Lewis - diria minha mãe.  Mas na verdade o ator é o Jim Carrey.

O azul dos cabelos é marcante, assim como todo o filme. Brilho eterno de uma me mente sem lembranças.

Sem lembranças.

Sem...

Seria maravilhoso esquecer. Principalmente aqueles aspectos obscuros da vida, que te bloqueiam, te bombardeiam, e te destroem. E aí, como nos desenhos, viramos poeira carbonizada, e só os olhos restam. Tem gente que ri dessas coisas. Não os culpo. São só animações, não é?! Esse tipo de coisa não acontece na vida real.

Na vida real.

Lá, (ou deveria dizer aqui? Não sei bem em que ponto me encontro) na vida real, não sobram nem os olhos, que dirá o coração.

Por isso ele quis esquecer. Mas se arrependeu e quis a lembrança de volta. Afinal, o amor é o amor. Algo que te massacra as vezes, te leva até o limite, mas essas são as partículas de infelicidade, que também fazem parte da vida, mas que ninguém quer. Acontece, que quando o amor acontece, o pacote é completo.

Estou divagando.

Faço muito isso quando me sinto só. Perdida. Desconectada. Divagar é bom. Acalma. Alivia os pensamentos turbulentos.

A você que leu, talvez eu devesse pedir perdão. Ou não. Talvez você se sinta igual. Mas se não, desculpe-me por tanto azul.

Crônicas Ao VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora