Sem interesse

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Pra ser bem sincera
Quero nossos corpos colados
Pela energia perdida
Do teu suor adocicado

Na inquietação das luzes
Dessas velas derretidas
Até que a morte nos separe
Ou só até nascer o dia

No mapa do meu corpo
Tua boca é poliglota
E mesmo que não haja diálogo
Pelo meu olhar se nota

O quanto me entrego
O quanto sou tua
É como se eu fosse uma casa
E tu tivesse a escritura

Acordo e sei que já se foi
Por mim tudo bem, que seja
Mas até hoje guardo o bilhete
Que deixou em cima da mesa

O que sobrou de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora