Capitulo 8 - "A hora da verdade"

909 62 42
                                    


NA MANHÃ SEGUINTE...

M. Inês mal dormiu e as sete da manhã ela adentrou o hospital estava ansiosa e queria logo que desce as 08:00Horas da manhã e "sua Filha". Sim já era a sua filha ela sentia em seu coração e tinha entre os dedos um pequeno terço onde fazia suas orações e pedia a Deus que ele lhe concedesse o milagre de devolver a sua menina.

Ela entrou em sua sala e o que seus olhos viram a deixou desacreditada, ela piscou por duas vezes para ter certeza que não estava alucinando. Ela tirou seus óculos e andou ate a mesa e ele virou ao sentir o perfume dela.

Marcelo estava ali frente a ela, bem vestido com uma pequena tipóia em seu braço ferido, ela suspirou e o olhou nos olhos, o que ele estava fazendo ali? O que ele estava fazendo ali num dia tão importante para ela e que ela não o queria por perto, ele não tinha esse direito, ele o perdeu quando refez sua vida.

Egoísmo? Talvez mais ela não o queria ali mesmo que fosse somente pra colher o sangue e ter que aguardar por quatro dias o resultado mais ela queria aquele momento somente para ela e sua menina.

- O que quer aqui? – Falou depois de alguns segundos o analisando.

- Conversar! Você não pode ficar me tratando assim todas as vezes que me ver! – Falou com a voz sofrida.

Ela sorriu sem alegria.

- Eu deveria te tratar muito pior, ou melhor, eu nem deveria dirigir a palavra pra você! – Deixou a bolsa na cadeira. – Vai embora, finge que não estamos na mesma cidade e curte a sua família e me deixa em paz! – Foi rude com ele.

- É isso que te pesa? – Ela o olhou sem entender. – Eu ter uma família? Não se esqueça que foi você que me tirou da sua vida! – Acusou. – Agora não se faça de vitima, eu tinha o direito de refazer a minha vida já que você não me queria mais. – Falou a verdade.

- Pra você é muito cômodo tudo isso, não se preocupa nem isso. – Sinalizou pra ele com a mão o quanto ele se importava. – Com o que eu queria Marcelo e sim te tirei da minha vida porque eu não conseguia olhar pra você sem ver que a minha filha sumiu debaixo dos seus olhos. – Se alterou um pouco. – Me diz quantas vezes você acordou no meio da noite ouvindo um choro de bebê que não tinha mais, quantas vezes você moveu essa sua grande bunda pra procurar a nossa filha? Eu só vejo você vivendo sua vida e a sua filha você lembra em algum momento enquanto esta sorrindo com sua família? – Foi dura queria ferir ele e conseguia.

Marcelo sentiu o coração se partir mais ainda naquele momento, não adiantava querer conversar com ela sobre nada, ela nunca o ouviria e não adiantaria contar a ela que durante todos esses anos ele buscou a sua menina, queria devolver a felicidade que já não se via nos olhos dela, queria ser ele quem devolvesse o brilho dos olhos dela.

Mas ela estava empenhada em atacar e não a ouvir ele, ele suspirou e sentiu um nó na garganta havia amado tanto uma mulher que não era essa que estava a sua frente, Marcelo não reconhecia a mulher que um dia ele tanto amou ou ainda amava? Essa pergunta ele se fazia sempre e não encontrava uma resposta que fosse "sim" ou "não".

- O que você sente. – Por fim ele falou. – Pode ter certeza que eu também sinto! Você não sofre sozinha e todas as noites que eu deito a cabeça no meu travesseiro para dormir, eu recordo a minha filha! – Falou com lagrimas nos olhos. – Você é dura com as palavras M. Inês mais um dia, eu quero que você me escute e nesse dia você vai ver que não é só você a vitima. – Ele se aproximou.

M. Inês recuou um pouco ao ver ele se aproximo, nesse momento a porta foi aberta e uma voz soou e ela virou. Era Regis que tinha um lindo sorriso no rosto.

Cicatrizes - Em busca do amor perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora