Capítulo 26 - "A busca terminou"

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Desculpem a demora... Boa leitura!

Marcelo saiu dali com um único destino, suava de nervoso e quando seu carro parou em frente ao prédio de Úrsula, ele nem pensou apenas desceu de seu carro e quase correu para dentro e foi direto ao elevador e quando apertou a campainha e a porta se abriu os dois se encararam e ele tinha os olhos vermelhos de ódio.

Úrsula sorriu para o modo como o viu e Marcelo a empurrou para dentro do apartamento batendo a porta atrás de si e a jogou no sofá, aquela foi a primeira vez que ela sentiu medo quando a mão dele foi de encontro com o pescoço dela e apertou.

- Eu deveria acabar com você porque pessoas como você não deveria estar no mundo! Eu te odeio tanto. - e ele apertou cego de ódio.

Úrsula se debateu debaixo dele mais ele tinha o dobro dela e nem se quer se mexia com os tapas que recebia dela e ela começou a perder as forças e sem poder falar ela apenas foi desfalecendo ali diante dos olhos dele.

Para Marcelo naquele momento era "prazeroso" vê-la sofrer e imaginar que ela o tinha tocado sem sua permissão o cegava de ódio e o fazia apertar mais e como um sinal de que ele tinha que parar a voz de Maria Inês inundou sua mente e no mesmo momento ele a soltou e ela tossiu muito.

Ele a olhou e saiu de cima do colo dela ainda um tanto transtornado e sentou no sofá passando as mãos no cabelo e no rosto a vendo se debater por um pouco de ar.

- Como eu não percebi que você era esse ser desprezível que só pensa em si só? - ele a olhou com os olhos cheios de lágrimas. - Eu cuidei de você durante dez anos e agora descubro que você é uma doente capaz das piores coisas contanto que você fique bem! - levantou. - Roubou a minha filha pelo simples fato de que eu não te queria? - ela o olhou.

- Era o único modo de ficar com você! - a voz saiu fraca. - No amor e na guerra vale tudo. - tossia muito e ele foi pra cima dela disposto a matá-la e ela recuou.

- Eu deveria acabar com você mais o seu maior castigo é me ver feliz ao lado mulher que eu amo e que me ama também e das minhas filhas, porque se Laura for mesmo a minha filha você não chegará nem perto dela! - ela o olhou e sentou no sofá com ele afastado dela.

- Ela é a sua filha e fizemos de um modo tão gostoso! - provocou para ver os limites dele. - Você foi maravilhoso Marcelo e eu não me arrependo de nada que fiz e se tivesse que voltar atrás, eu faria tudo de novo somente para te der ao meu lado.

- Você vai pagar por tudo que fez! - ele a olhou com profundo nojo. - E vai assistir nem que seja do inferno a minha felicidade com Maria Inês! - o ódio era estampado nos olhos dela com o simples mencionar do nome dela e ela levantou apontando o dedo pra ele.

- Isso só vai acontecer com a minha morte porque enquanto eu estiver viva... - ela sorriu diabólica. - Isso nunca vai acontecer! Agora saia da minha casa porque de homem frouxo já basta o que tive nos últimos dez anos.

- A sua maldade é tanta que não foi se quer capaz de me conquistar apenas esquentou o lugar que sempre foi de Maria Inês. - ela avançou nele com tapas e ele a segurou jogando no chão e gritou. - Aí é o seu lugar no chão onde todos pisam porque você não passa de um lixo de ser humano. - e sem mais ele saiu porque somente em olhar pra cara dela ele se sentia mal.

Úrsula deu um urro de ódio e jurou ali que ninguém seria feliz se ela não fosse.

[...]

MAIS TARDE DAQUELE DIA...

Maria Inês cruzou a porta daquele hospital com o coração na boca não podia nem estar ali mais depois de tudo que tinha ouvido o seu coração de mãe gritou para que ela estivesse ali e ela caminhou até a porta do quarto de Marina.

Quando ela abriu a porta frente a seus olhos e caminhou para dentro, seus olhos de imediato bateram no de sua menina e ela controlou as lágrimas sentindo que abaixo de seus pés se formava um buraco e ela se afundava ali. Marina sorriu para ela com os olhos cheios de amor e ao mesmo tempo cuidado.

- Ei, você não deveria estar na cama? - tirou Maria Inês do transe que estava. - Entra! - ela caminhou até a cama e olhou nos olhos dela.

- Por fim agora te encontrei! - e as lágrimas vieram sem controle e Marina se assustou e a puxou para ela.

- O que aconteceu? Porque está chorando? É o meu pai? - se alarmou.

- Não calma! - segurou a mão dela e se recordou do primeiro encontro das duas. - Eu sei que não é um bom momento para isso, mas eu não posso mais esperar Marina!

- O que está acontecendo Maria Inês? Está me deixando assustada! - apertou a mão dela.

- Você conhece a minha história e a do seu pai não é mesmo? - Marina assentiu. - Agora eu vou te contar o resto dessa história e quero que me deixe falar tudo ta bom? - Marina apenas assentiu e Maria Inês começou a falar...

Foram minutos ali de sentimentos rasgados na frente de Marina mais ela contou tudo sem medo do que dizia porque era a mais pura verdade e ela queria que a filha ouvisse de seus lábios tudo para que não ocorresse o risco da maldade de Úrsula prevalecesse mais uma vez.

Marina ouviu todas aquelas palavras com seu coração aberto não sabia naquele primeiro momento o que pensar e se perguntou até aonde a maldade de sua "mãe" chegaria e ela chorou, chorou porque tinha vivido uma vida inteira de mentiras, tinha visto o pai amar outra mulher que não era Úrsula, sim porque ela sabia muito bem que o pai não tinha esquecido seu grande amor do passado.

Quando Maria Inês terminou de contar com seu rosto banhado de lágrimas ela ficou em silêncio e esperou qual seria a reação de sua menina e Marina secou seu rosto sem tirar os olhos de Maria Inês.

- Então eu sou a sua Laura? - e um soluço escapou dos lábios de Maria Inês.

- Você é! Eu sempre estive em busca do meu amor perdido, mas agora essa busca terminou e você está aqui minha filha, está aqui e quero que me deixe ser a sua mãe.

Marina a olhou por longos segundos que para Maria Inês pareceu uma vida toda e depois de pensar por alguns segundos ela abriu seus braços e disse chamando a mãe.

- A busca terminou, mamãe! - e o chorou foi ouvido quando Maria Inês agarrou o corpo de sua filha dando a ela ali um pouco de seu amor de mãe que era muito.

- Eu te amo tanto meu bebê! - beijou o ombro da filha.

E as duas ficaram ali naquele abraço de uma vida, uma vida inteira em busca do seu amor...

Cicatrizes - Em busca do amor perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora