O porão

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Cheguei em casa, deixei minha mochila no sofá e fui direto para o porão, tentei chamá-lo mas não sabia seu nome. De repente ele apareceu.

- Oi, lembra de mim? Sou a Vi, prazer! Como se chama?

- Me chamo Pierry, mas pode me chamar de Pie. Me lembro e sei quem você é Vi, vejo seus pais brigando direto e sei que isso é muito doloroso em você. Não se preocupe, estou aqui para te ajudar.

-Pie, faz tempo que você mora aqui ou você vem passar um tempo escondido? Aqui é tão escudo, frio e sombrio, vamos lá em cima e conversamos melhor.

Então eu e Pie subimos e fomos para meu quarto conversar. Minha mãe nem ai comigo, nem se importou que cheguei e sumi.

- Vi sei que você pode ver os mortos e ouvi- los. Não se assuste por favor!

- Sim, eu posso ouvir e vê- los, mas isso eu já tenho desde pequena, meus pais não sabem e nem podem saber. Já que você me entende e sabe o que eu passo, por favor, que isso fique entre nós. E você vem sempre aqui?

- Sim, sempre venho, gosto de fica só para refletir e pensar bem.  Mas não posso fica muito aqui, seus pais daqui a pouco vão vim e se me verem aqui vão reclamar. Mais tarde eu venho e conversamos.

Nos despedimos e ele se foi. Não imaginava que alguém me entenderia. E sempre que eu precisava, descia até o porão para conversar com Pie.

Resolvi então ir até a biblioteca da casa ler uns livros. Peguei vários e um deles me chamou a atenção, era sobre espiritismo e como eu sempre me identifiquei com essa doutrina, comecei a ler.

Fiquei uma das melhores amigas de Pie, nos íamos até a escola juntos, mas só nos víamos na entrada e na saída. A escola era enorme, mas o lugar que a gente se encontrava mais era em casa.

A Menina EstranhaOnde histórias criam vida. Descubra agora