Quando a conheci

35 1 1
                                    

Era meu primeiro dia no ensino médio.
Acordei às 04:40 da manhã, meus pais discutiam por eu ter ido estudar tão longe de casa, mas, era uma forma de fugir de tudo o que havia acontecido...
Então...  Caí numa turma, onde eu não conhecia ninguém!
- Ah, droga.... fui diretamente para o fundo da sala, infelizmente alguns idiotas se sentaram perto de mim.
Comentavam por ter uma menina "linda" na sala, sinceramente não me interessei pelo assunto, apenas aumentei o volume, tocava perfect do simple plan..
(Sinto muito não posso ser perfeito 🎶)
Senti alguém tocar meu ombro, baixei o capuz, era a professora me perguntando de onde eu vinha.
Pensei em fazer alguma piada idiota para quebrar o gelo com a turma, mas, simplesmente respondi, e todos me olharam com cara de espanto.
- Você se mudou pra cá ou veio de lá mesmo? Perguntou a senhora de idade já avançada.
- Apenas vim. Murmurei notando que todos me olhavam, exceto uma garota que se sentava na segunda cadeira da primeira fileira.
Acabei congelando meu olhar nela, não sei exatamente em que momento deixei de ser o centro das atenções, mas fiquei feliz por mais ninguém me olhar, exceto ela.
Por um momento senti minha bochecha corar, então percebendo meu constrangimento finalmente ela deixou de me olhar.
Finalmente o sinal tocou, eu queria ir embora, mesmo sabendo que ainda faltavam quatro períodos para que eu pudesse sair dali.
Chegamos na segunda aula, a professora pediu para que nos dividíssemos em duplas para fazermos a lição.
Ouvi um garoto dizer a ela que sentaria com a uma amiga dele, ela acenou com a cabeça...
Apenas eu e ela não havíamos juntado carteiras com ninguém então a dupla era meio óbvia, a professora mandou que eu me aproximasse
-Droga, logo eu! Murmurei.
Encostei minha cadeira na dela, evitando de todas as formas ter algum tipo de contato, então minha caneta simplesmente caiu da minha mão, pensei em deixa-lá ali mesmo, mas então ela a pegou e me devolveu.
Involuntáriamente me virei e a olhei diretamente nos olhos, senti meu coração saltar, a cada segundo era mais difícil controlar minha respiração e de repente éramos apenas ela e eu novamente na sala...
Então ouvimos um barulho forte a nossa frente, era a professora brigando com a turma e disparando vários socos no armário.
Ambas baixaram a o corpo para frente, novamente ignorando o fato de estarmos lado a lado.
Então resolvi perguntar seu nome, admito que não reparei quando a professora chamou.
Lentamente ela abriu os lábios
-Pâmela, me respondeu sem tirar os olhos dos meus...
Ela quebrou nosso silêncio novamente perguntando se eu iria mesmo todos os dias de tão longe, pensei por alguns segundos e então acenei com a cabeça.
Finalmente havia chegado o recreio, descemos juntas por algum motivo, e então ela disse que iria comprar algo, reconheci duas garotas da minha antiga escola "vick" e "ane". Rapidamente as duas  vieram me cumprimentar sorrindo.
Decidimos sair do meio das pessoas, mas eu disse que antes esperaria uma garota.
As duas se entreolharam e começaram a rir.
- Claro, você esperando por alguém!
Após alguns minutos pâmela retornou com uma coxinha na mão.
Resolvemos nos sentar num lugar mais afastado, passamos o recreio inteiro trocando olhares pâmela e eu.
Depois disso resolvi me afastar para evitar constrangimentos, mas principalmente as sensações que ela me trazia.
No dia seguinte ela não foi a escola, pensei que chegaria no segundo horário.
Mas ela simplesmente não foi,
decidi perguntar sobre ela ao rapaz que a vi conversar no dia anterior.
Ele me lançou um olhar e perguntou se eu a conhecia, simplesmente corei e baixei a cabeça.
Quando ela retornou a escola eu meio que a ignorava, embora a zoação de vick e ane fizesse um pouco de sentindo: "você está amando alguém, finalmente em, sam", eu educadamente apenas mandava que elas fossem para o inferno.
Eu sempre pedia para que pâmela fosse embora conosco, mas um dia foi necessário que eu mudasse meu destino e fosse com ela.
O ônibus estava lotado e nos apoiavamos no mesmo assento, a cada freiada que o ônibus dava, acidentalmente minhas mãos percorriam o corpo dela.
vi seus pelos arrepiarem quando sem querer abracei-á por trás, eu não sabia o que acontecia apenas sabia que cada célula do meu corpo pedia por ela.

sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora