Eu não consigo descrever o misto de sentimentos que estou sentindo agora, por mais que eu continue encarando a senhora lagartixa, eu sinto como se estivesse tendo um ataque de pânico. Minha respiração está descompassada,
minhas pernas estão tremendo, meu coração está tão rápido que até sinto dor, meus olhos se enchem de lágrimas sem motivo aparente. Até que tudo começa a ficar borrado e vai escurecendo aos poucos.
-quebra de tempo-
Me sinto quente e confortável, até me lembrar de tudo. Minha respiração acelera novamente, tento normaliza-la.
Certo, vamos pensar, tenho que fingir que ainda estou dormindo e tentar pensar em um plano.
Me viro lentamente, como se mudasse de posição durante o sono, e abro meus olhos o mínimo que consigo, vendo apenas uma faixa do cômodo em que estou. Até perceber que estou sozinha.
Abro meus olhos vagarosamente, avaliando o lugar, um quarto inteiramente verde claro, a tinta esta aparentemente desgastada demais pelo tempo, um lustre de cristais bem no centro do quarto e uma penteadeira de carvalho, assim como minha cama, está em uma extremidade do quarto, enquanto a porta está em outra.
Me levanto rapidamente ao pensar que alguém poderia ter me trocado ou algo do gênero. Mas felizmente, estou com as minhas roupas do trabalho.
Me levanto silenciosamente e caminho até a porta, rezando para que nenhum barulho fosse feito. Tentei abrir a porta silenciosamente, mas só encontrei o resultado de uma porta velha e sem nenhum lubrificante. Parecia que ela chamava, ou melhor berrava, para que qualquer que fosse a pessoa da qual estava fugindo, soubesse que estava de pé.
O irônico foi que, com ou sem porta, eu estava perdida de qualquer jeito, pois ao terminar de abrir a porta dei de encontro com um dos homens musculosos que apareceram na cafeteria.
Passei a formular algum tipo de comentário, pensei em correr, mas de adiantaria? Aquele homem me alcançaria sem esforço. Então, sem outra saída, eu fiz a última coisa que se passou pela minha cabeça. Eu sorri. E disse o que qualquer outra pessoa não faria. Eu o cumprimentei:
-- Olá!
O homem me olhou de cima a baixo, uma coisa que eu detesto que façam.
Eu comecei a esperar o pior, até que ele riu. Alto e escandalosamente, ela seria uma risada contagiante se eu não estivesse nessa situação.22/05
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O Nome
WerewolfQuando Vitória percebe que nem tudo é como ela imaginava, mas que todos sabem o seu nome. Começo: 14/03 Final: em andamento Plágio é crime, tente fazer seu próprio trabalho.