Margaret.
BEIJO? Acho que escutei errado, não pode ser isso!
- Beija, beija... Gritava as pessoas na sala.
Olho pra Andrew. Ele estava nervoso, sem saber o que fazer. Ele me olha e o olho novamente.
- Vamos logo, é só um beijo. Sibilo a Andrew.
Ele concorda. Se aproximamos e damos um selinho. Foi rápido mais eu senti algo.
- Dão um beijo direito! Diz a vó do Andrew. Andrew me puxa pela e mão e me beija. Foi tão rapido, eu não esperava por isso, Porém foi bom sentir seus lábios macios em minha boca. O povo bate palma e assim paramos. Eu e Andrew acabamos nos olhando por tempo demais, decido acabar com isso indo pegar algo para beber. Alguém se aproxima de mim. Era a Mãe de Andrew.
- Estou feliz em conhece - la. Diz a Mãe de Andrew. Eu sinto um calafrio quando sinto seu hálito em minhas costas. Viro e a olho.
- O digo o mesmo. Digo sorrindo.
- Esta nervosa ou algo do tipo? Pergunta ela sorrindo.
- Não,não! Minto. - Por que estaria?
- Parece que você ficou depois do beijo...
- Não! E só que não gosto fazer essas coisas em público. Minto.
- Ah...
Alguém grita meu nome. Era Andrew
- Margaret, vem cá! Gesticula Andrew.
- Claro! Grito de volta. Olho a Mãe de Andrew. - Licença. E saio atrás de Andrew.
- Vamos conversar? Pergunta ele calmo.
- Tudo bem.
Saímos da sala. Andrew me leva ao Jardim. O lugar era muito lindo. Cheio de grandes pinheiros. O ar fresco e gelado passa na minha espinha fazendo me ficar arrepiada. Nós sentamos em um tronco de árvore caido. Andrew coça sua cabeça meio sem jeito.
- Como você está? Pergunta Andrew me observando com atenção.
- Como acha que eu estaria? Me esquivo de sua pergunta evitando responde - la.
- Eu não sei! Eu só fiquei preocupado com sua atitude.
- Ah... Foi só um beijo.. Digo já corada.
- Só um beijo... Repete Andrew como se tivesse ainda assimilando minha resposta.
- Foi o que eu disse...
Andrew olha para um momento para o chão e logo depois para mim.
- Foi bom? Pergunta meio sem jeito Andrew.
Que tipo de pergunta é essa? Logo agora e nessa circunstância!
Devo ter ficado muito quieta porque Andrew encosta sua mão direita em meu braço esquerdo de forma carinhosa.
- Margaret, você está bem? Pergunta Andrew preocupado.
- Porque a pergunta?
- Você está muito vermelha..
Droga!
Tento manter a postura.
- Claro que estou!
- Não parecia, eu só perguntei...
Interrompo Andrew terminar sua frase.
- Sim, não foi nada mal o beijo, pronto! Podemos entrar para festa? Quero ir descansar logo e preciso me despedir de todos. Digo tanto rápido a frase que perco o ar. Andrew enruga a testa e pisca os olhos com a minha frase.
- Claro...
Isso foi tudo que Andrew me responde e logo depois de todo esse momento embaraçoso voltamos para festa. Todos ficam em silêncio quando entramos na sala.
- Ah.. Eu queria agradecer a todos por essa linda comemoração que fizeram, eu preciso ir descansar um pouco.. Estou muita cansada da viagem. Digo dando a mão a Andrew e sorrindo logo em seguida. Olho para Andrew e e ele concorda com a cabeça. Vovó se pronuncia logo em seguida.
- Levarei vocês a seu quarto. Diz a pequena velhinha vindo a nossa direção.
- Obrigada.
Vovó nos guia até nosso quarto.
- Suas malas já estão aqui. Diz vovó abrindo a porta do gigantesco quarto que me aguardava. Era tão lindo e grande que eu me perguntava porque Andrew saiu daqui. Vovó vai até o armário e o abre pegando uma manta toda bordada de várias cores.
- Durmam com isso. Diz Vovó me jogando a manta.
- Pra que serve isto?
- É o nosso fazedor de bebês. Responde vovó e vai rapidamente até a porta e antes de fecha - la ela nos olha novamente.
- Aproveitem a noite. Ri vovó e logo depois sai do quarto.
Caio na cama exausta. Andrew se senta ao meu lado.
- O que pensa que vai fazer?
- O que?
- Não iremos dormir juntos.
- Eu vou dormir onde? Pergunta Andrew irritado.
- No chão.
- No chão?
- O que eu acabei de dizer? Você está realmente me ouvindo?
- Eu não quero dormir no chão!
Porque tão teimoso?
- Eu que não irei!
Andrew bufa e logo pega um dos travesseiros e o joga no chão. Ele pega alguns cobertores no armário e o forra no chão. Me levanto da cama e vou até minha mala pegar meu pijama e vou direto para o banheiro me trocar. Quando termino, abro só um pouco da porta e olho para Andrew.
- Feche os olhos..
- Para o que?
- Não quero que me veja de camisola!
- Tá...
Assim que Andrew tampa seus olhos com as mãos corro rapidamente para cama e me cubro com a coberta. Ajeito meu cabelo no travesseiro.
- Já está na cama? Pergunta Andrew com a mão no rosto ainda.
- Sim, pode tirar sua mãos do rosto.
Andrew me obedece e logo tira sua mão do rosto.
- Boa noite, Margaret.
Surpreendentemente respondo.
- Boa noite, Andrew. Digo docemente.
Andrew bate palma e as luzes se apagam e eu mergulho na escuridão e tento dormir.
