Nothing Like Time [Camren]

C-on : Trouble

[N/A - initial note]: Heey...

Esta Fanfic possui uma playlist, ok? okay!! Procurem por "Nothing Like Time" no Spotify.

A música do capítulo é Demons - Imagine Dragons .. deixem tocando o capítulo inteiro!

Enjoy and have fun!!! 

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"Nem tudo que dói necessariamente traz aprendizado, assim como não é preciso o sofrer para aprender a não sofrer.

Entretanto, para saber o que é dor é preciso sentir.

Logo, se é preciso aprender o que é dor, é preciso sentir a dor.

E ai eu me pergunto, é preciso aprender tudo?"

::. Marcos Guimarães .::

Cada soco que eu sentia colidindo com minha pele era como se fosse mais forte a cada segundo, isso mesmo, segundos! Eu não tinha tempo para me defender, eu não tinha tempo para pensar em alguma forma de escapar, eu não tinha tempo de ter reação alguma, porque a cada segundo, miseravelmente, eu era atingida sempre por socos mais fortes e mais carregados de raiva.

Raiva que eu não entendia sequer o motivo, eu não conhecia muito bem essas pessoas a não ser pelo fato de que estudávamos no mesmo colégio e elas eram seres desprezíveis, não só pelo fato de que agora eu sabia realmente o quão desprezível elas eram. Mas, eu já ouvira falar dessas atitudes antes e isso fazia meu estômago embrulhar.

Tudo ao meu redor estava rodando, e eu estava realmente tentando entender como eu vim parar aqui. Como tudo isso aconteceu. Eu só conseguia sentir os socos e uns burburinhos que eu não conseguia decifrar o que realmente significavam. Eu tentava, com todo o resto de forças que eu tinha, proteger meu rosto e muitas vezes a parte mais sensível do meu corpo, ou seja meu abdômen, não é essa a parte mais sensível do corpo de uma pessoa? Bom, pelo menos eu acho que seja.

- Por favor, parem! – eu falava em um fio de voz, tentando o máximo que eu podia me tornar uma bola, protegendo onde provavelmente doeria mais quando fosse atingida.

- Cala boca! – senti mais um pontapé nas minhas costas, bem do lado das minha costelas esquerda. – você merece muito mais do que isso! Sua retardada! – senti mais um puxão no meu cabelo que me fez fechar mais meus olhos e tentar soltar a mão da pessoa que estava fazendo tal ato.

- Ah, você quer que eu solte seu cabelo? – ela puxou com mais força, fazendo com que meu corpo, já cansado de tudo que já tinha suportado, virasse um pouco em direção à voz. – sua branquela ridícula! – senti mais um soco na boca do meu estômago, o que me fez abrir meus olhos e um som agudo sair entre meus dentes, - você é uma aberração!

Senti todo meu corpo queimar com a dor insuportável de mais um pontapé nas minhas costas, e mais outro soco no meu olho. Só conseguia expressar com gemidos e com todo meu corpo contorcendo a cada soco e pontapé. – Você tem que morrer! – senti uma coisa afiada rasgando minhas pele entre minhas costelas do lado direito e eu arfei de tanta dor, eu me senti tonta e extremamente frágil, era uma dor aguda que não passava, só aumentava a cada segundo. – Você é um erro! Você não pode viver em sociedade! – senti a ponta da faca rasgando a pele da minha barriga em um corte que atravessava um pouco abaixo do meu umbigo, aquilo fez todo meu corpo gelar e paralisar, minha respiração se tornou ainda mais desregular, se é que era possível.