Capítulo 15

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Anastasia

Se eu já estava pirando com aquele beijo que ele me deu no elevador da empresa, agora eu estou surtando com o que fizemos no quarto de Mia.

Depois de voltarmos para sala tive que aguentar as piadinhas de Elliot, estava morrendo de vergonha, qualquer um poderia ter nos flagrado. Ainda bem a que Sra. Grace estava lá em cima quando terminei de me arrumar, não sabia como olhar para o meu patrão depois do que aconteceu naquele banheiro. Ethan veio me tirar dos meus pensamentos vergonhosos.

Ethan: Aninha, eu chamei a Mia para sair, vamos esticar a noite em alguma balada, tá afim de ir? Ele perguntou, mas não me pareceu que queria que eu fosse com eles.

Não, obrigada. Estou cansada e quero ir para casa, você se importa de me deixar lá antes ou qualquer coisa eu peço a Kate e Elliot.

Ethan: É que não vai dar pra eu te levar e a Kate vai pra casa do Elliot.

Deixa, eu chamo um táxi então. Não tem problema.

Grey: Não! É claro que tem problema, você não vai de táxi a essa hora da noite, Anastasia. Falou um Christian nervoso ao meu lado que eu nem tinha reparado que estava ali.

Mas... Mas... Tentei dizer algo, mas seu olhar me deixava sem palavras.

Grey: Nada de mas. Eu posso te levar até sua casa sem problemas.

E antes que eu pudesse dizer algo, Ethan agradeceu a Christian por me levar e acabamos todos nos despedindo e nos dirigindo aos veículos.

Nunca dei passos tão vagarosos como os que dei pra chegar ao carro do Grey, eu não queria entrar ali, ficar confinada num lugar tão pequeno, novamente, com ele me causava arrepios.

Grey: Quanta lentidão. Isso tudo é medo de ficar perto de mim, srta. Steele? Perguntou com um sorrisinho debochado no rosto que me deu vontade de bater naquele belo rosto dele até desfigura-lo. Mas eu sei que seria um desperdício fazer isso.
Eu não respondi e continuei como se nada tivesse sido dito.

Cumprimentei Taylor ao entrar no carro, pois ele havia aberto a porta para mim. Taylor é um bom homem, conheço ele da Grey House, mas ele pouco fala e está sempre atrás do Sr. Grey que nunca para e, por consequência, nunca dá um descanso pro homem. Grey pergunta meu endereço que, prontamente, falo e depois vejo o mesmo dar algumas ordens a Taylor que eu não consegui ouvir direito e entra, sentando-se ao meu lado. Me aproximo mais da porta e fico olhando pela janela, vendo os meu amigos saindo da propriedade dos Greys.

Fico observando a paisagem passar depressa pela janela do carro e de repente eu quase pulo no banco, com o susto que tomei quando senti a mão do sr. Grey na minha.

Grey: Pare de fugir de mim.

Não estou fugindo. Só não quero uma aproximação desnecessária.

Grey: O quê, exatamente, seria uma aproximação desnecessária aos seus olhos Srta. Steele? Ele pergunta e sinto-o se aproximar de mim no banco do carro. Se eu me sentar assim, é uma aproximação desnecessária? Ou talvez se eu fizer isso? E sinto-o aproximar-se de meu pescoço, me cheirando a nuca e os cabelos, fazendo minha pele arrepiar. E acho que escuto ele murmurar um "tão cheirosa", mas não tenho certeza.

Grey: Ohh, com certeza isso aqui deve ser uma aproximação desnecessária, não é? E após sussurrar ao pé do meu ouvido ele morde o lóbulo da minha orelha e eu estremeço. Antes que isso saia, totalmente, do controle o empurro, afastando-o de mim.

Grey: Sabia que seria uma "aproximação desnecessária" ao seu ver. Diz ele ironicamente.

Sr. Grey, por favor, pare com isso. Eu sou sua funcionária, isso não é adequado e não estamos sozinhos. Digo, controlando minha respiração e as sensações que ele causa em mim.

Grey: Por quê está ofegante Anastasia? Nada respondo, novamente. Por quê? Ele pergunta de novo, só que mais firme agora. Mas eu não sei o quê responder a ele, por isso permaneço em silêncio, no escuro intercalado com as luzes dos postes da via em que estamos, olho de Taylor para ele e acho que ele percebeu.

Grey: Não se preocupe com Taylor, ele não pode nos ouvir. E então reparo que Taylor está dirigindo com fones de ouvido. Agora, quanto ao fato de você ser minha funcionária. Não estamos na empresa e não estamos fazendo nada de errado que seja inadequado. Estamos, ambos, nos conhecendo e descobrindo que você não seja gay. Ele diz isso com uma calma que quase me tranquiliza.

Quem foi que lhe disse que eu sou gay? Pergunto só para provocar ele.

Grey: Bom, você namorava a Ross, eu presumi.

Presumiu errado, Grey. Ross e eu, nas palavras de Kate, foi um erro, mas para mim foi um momento de descobertas apesar de ter sido um equívoco.

Grey: Então você não é lésbica? Diz ele chocado, quase rio com seu espanto.

Não. Talvez, bissexual. Não tenho certeza, na verdade. Eu deixei minha vida amorosa de lado pra focar em coisas mais importantes e é por isso que prefiro evitar aproximações.

Grey: Além de mim você já esteve com outros homens? Sua pergunta me irrita.

Mas quem você pensa que é para fazer esse tipo de pergunta? Isso não lhe diz respeito, não é porque é meu patrão que pode achar que lhe devo esse tipo de satisfação e sobre o que aconteceu conosco, não se repetirá. Como disse, estou empenhada em assuntos mais importantes do que os que te interessam comigo. Aposto que ele é como esses homens que acham que mulher gay é falta de um homem de verdade.

Grey: E quais seriam os assuntos de meu interesse contigo, Anastasia? Diz ele, aparentemente confuso ou seria sarcasmo?

Sr. Grey, eu não sei o que o senhor pensa de mim, apesar de que, claramente, achava que eu era lésbica, então posso supor o que é, mas já lhe adianto que não estou interessada. Digo e escuto ele bufar.

Grey: Sabe Anastasia. Para uma mulher tão inteligente, você deveria saber que não se deve fazer suposições a respeito dos outros sem conhecer a fundo. Não acabou de me julgar por fazer isso? Diz ele de forma ríspida e bravo.

Bom, então estamos quites. Mas, de todo jeito, não estou interessada em qualquer coisa quanto ao senhor que seja mais do que a relação de trabalho que tenho em sua empresa. Por isso quero evitar aproximações, pois seriam desnecessárias.

Grey: Bom, então você deveria avisar isso ao seu corpo, pois ele não pensa como você, ou não percebe o quanto ele responde a mim? Anastasia, não finja, seu corpo me quer por mais que você negue, a forma como correspondeu ao meu beijo no elevador, o jeito que sua boceta ficou molhadinha com minhas carícias no banheiro e mais ainda... Fez uma pausa e se aproximou de mim para sussurrar. O seu sabor que melecou meus dedos quando te fiz gozar naquele banheiro e mesmo agora, só de me ouvir e me sentir próximo a ti, vejo sua pele arrepiar. Então, escute seu corpo, pois assim como o meu, o seu está com desejo.

A cada sensação descrita por ele, eu senti como se tudo estivesse acontecendo, novamente, mordi meus lábios lembrando dele me beijando, lembrei do calor que meu corpo ficou quando estava em seus braços, fechei meus olhos e vi a cena dele lambendo os dedos com o meu gozo e pude sentir minha intimidade latejar... Não pensei em mais nada, abri meus olhos e ele estava ali, lindo e gostoso tão próximo a mim e quando vi, já havia pulado em seu colo, agarrando-o e puxando-o para um beijo arrebatador.

Cinquenta Tons DiferentesOnde histórias criam vida. Descubra agora