Capitulo 22...

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Pai? O quê ele faz aqui? Quem convidou ele?

-Olá Juliana. -falou com uma voz grossa e grave.
-O que faz aqui?
-Sua mãe me convidou, porquê não convidaria? Mas não é por isso que estou aqui.
-Porquê está então?
-Quero conversar com você.
-Sobre?
-Nossa última conversa no telefone.
-Não temos mais nada o que conversar.
-Juliana, eu...
-Papai! -uma menina de cabelos ruivos veio correndo em nossa direção. Pai? -Onde você tava Papai? Eu e a mamãe estávamos procurando por você.
-Desculpe filha, o papai precisava conversar com uma amiga. -não, ele não fez isso. -fale pra sua mãe me esperar no carro, eu já chego lá.
-Ta bom. -a menininha de cabelos ruivos saiu correndo, sumindo em questão de minutos. Olhei para sua cara e o mesmo me impediu de qualquer reação.
-Vamos conversar lá fora, por favor.
-Claro, amigo. -dei um sorriso irônico e levantei da cadeira andando na frente até a porta de saída do salão de festa.

Chegamos na parte de fora do salão e me virei para olhar para ele pronta para explodir.

-Amiga?! -eu precisava botar essa raiva pra fora.
-Juliana, me deixe explicar...
-Explicar o quê? -interrompi o mesmo de falar qualquer coisa. -que é casado com outra mulher? Que tem uma filha de não sei quantos anos? Ou que fala para as pessoas que sou sua Amiga? Sinceramente, você é muito cínico.
-Juliana, você não pode falar comigo assim, eu sou seu...
-Pai? -cortei o mesmo, terminando sua frase. -pra me dar bronca você é meu pai né? Pra me repreender e jogar na minha cara tudo que faço de errado é meu pai. Agora pra ficar do meu lado quando meu dia não é dos melhores você nem um conhecido é. Tu nem me liga pra saber como eu estou, se estou precisando de algo, ou simplesmente para perguntar sobre meu dia só pra eu saber que tem alguém que se importa comigo.
-Você que não liga pra mim.
-Ata, agora eu que tenho que te procurar? São os pais que procuram os filhos e não o contrário. -ele ficou calado me olhando. -quando ia me contar?
-Não Sei.
-Ia esconder por mais tempo né?
-Não, não, eu não ia. Apenas tava esperando o momento certo pra contar isso à você.
-Qual seria o momento Certo?
-Eu não sei, queria esperar a Helena ficar mais madura, fazer pelo menos uns 12 anos.
-Quantos anos ela tem?
-8
-Ia esperar mais alguns anos pra me contar? Sinceramente, você só pensa em você!
-Não! Eu não penso só em mim.
-Pensa sim! Você é um idiota que acha que o mundo gira ao seu redor mais fique você sabendo que ele não gira!
-Pare de gritar comigo! -falou alto apontando o dedo na minha cara.
-Tire esse dedo da minha cara, você não tem o direito de dar opinião da minha vida ou do jeito que eu falo seu merda!
-Juliana? -olhei para o lado e o Fernando estava vindo em minha direção, o que ele quer agora?
-O quê tá fazendo aqui? -perguntei assim que ele chegou ao meu lado.
-Vim te buscar pra voltar pra festa, estão todos esperando por você.
-Eu não vou voltar. -falei olhando em seus olhos.
-Quem é você? -perguntou o Thyago, um pouco confuso pelo o quê tá acontecendo.
-Desculpe, sou Fernando, chefe do novo marido da sua ex mulher. Ela estava perguntando onde a Gabriela Estava, então eu vir procurar pra ela já que a mesma está ocupada.
-Poderia nos deixar sozinhos? Temos muito o que conversar.
-Não nos não temos. Fernando me leva pra casa por favor.
-Juliana e a festa? -perguntou o mesmo me olhando.
-Eu já falei que não vou voltar, me leva pra casa por favor. Se Não quiser levar, eu vou andando. -falei dando as costas e andando rápido pra bem longe dali, não quero nunca mais olhar na cara desse infeliz do meu pai.

Continuei andando até que escuto os passos do Fernando atrás de mim. Como sei que é ele? Simples, ele gritava por meu nome.

-Juliana espera. -falou assim que chegou a minha frente me fazendo parar.
-Já falei, se não quiser me levar eu vou andando.
-Calma, eu vou te levar. Meu carro tá na próxima esquina, vamos até lá que eu te levo em casa.
-Tá bom.

Continuamos andando dessa vez mais devagar, sem pressa. Chegamos ao lugar onde seu carro estava, entramos e ele deu partida naquela rua escura de sexta à noite.

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