Seven year after the end of the world

Capítulo 3 - Se o amo?

Capitulo 3

POV Maggie Grenne

Minhas lágrimas desciam livres por meu rosto quando Sasha adentrou a porta em silencio, ela percebera que a noite fora um fiasco quando viu Daryl atravessa o gramado na frente da prefeitura, e correu ao meu encontro preocupada.

- O que aconteceu Mag? – ela perguntou se sentando ao meu lado, eu apenas a abracei e solucei. – O que ele fez? – eu percebi sua voz controlada, mas ela escondia a raiva quando falava, ela pensava que ele havia feito alguma coisa, mas eu que estraguei tudo.

- Nada Sasha, ele não fez nada, pelo contrário, eu fiz. Ele foi incrível, doce, delicado e eu praticamente o ataquei e depois comecei a chorar como uma louca, ele não me entendeu...

- Espera Maggie! – eu senti Sasha levantar meu rosto, ela pedia explicações, mas nem eu conseguia explicar. Como eu poderia dizer em voz alta que me lembrei de Glenn, e dos momentos que tivemos juntos, era doloroso. – Me conta o que aconteceu.

- Nós jantamos, e ele veio achando que eu ia contar alguma coisa séria para ele e não que fosse um jantar formal e acho que Daryl nunca me viu desse jeito durante todo esse tempo, eu dei a iniciativa, estava indo tudo bem ele estava assustado e eu me senti poderosa e independente, eu fiquei animada com a ideia e o levei para meu quarto, Sasha eu só queria ter uma noite de sexo com um homem lindo, mas ele foi tão delicado e suave que não era sexo Sasha era sentimento, Daryl se entregou inteiramente e eu não suportei, eu senti que meu emocional abalou com aquela atitude e acho que me lembrei de Glenn, porque comecei a chorar mas eu não queria parar. Sasha ele percebeu que eu estava chorando, ele me olhou tão assustado que foi embora sem nem me ouvir, eu queria ter explicado, mas nem sabia oque estava acontecendo.

Eu desembuchei tudo que eu estava sentindo para Sasha, minha amiga continuava a me olhar sem reação. Como alguém poderia compreender, eu devia ter chorado se ele tivesse me jogado na mesa e me fodido forte sem nem pensar em nada, mas não como tinha sido eu estava ficando mais velha e louca.

- Maggie. – Sasha me chamou sorrindo. – Você já pensou que pode estar tão acostumada com Daryl e não percebeu que tem sim um sentimento por ele?

Eu ponderei por alguns segundos, mas estar apaixonada por Daryl não me faria chorar.

- Paixão não nos faz chorar quando estamos transando Sasha.

- Não Paixão, amor!

Eu soltei um riso, e tentei entender o porquê Sasha diria aquilo, Amor. Eu saberia se amasse Daryl, e aquilo não era amor.

- Como eu poderia ama-lo, se nunca tivemos nada Sasha, nem mesmo um olhar.

- Tiveram sim, vários, mas era tão comum para você que você nem percebeu o quanto aquilo significava, Maggie estávamos a anos assistindo ele cortar a lenha e fazendo comentários engraçados, mas não fui eu que comecei com isso. – eu me lembrava, eu o olhava arrumar os muros assim que mudamos, e foi durante minha dieta do pequeno Glenn que o vi pela primeira vez cortando a lenha, e me lembrei do que senti na época. – Maggie, você o ama, e só se deu conta disso hoje, você fazia a imagem dele como um homem viril e cheio de energia, mas ele se mostrou um homem de respeito e romântico, e isso a abalou Mag. Não foi o Glenn, ele sempre estará ai dentro de você, vivendo em nossas memorias e corações, mas seu coração amiga é tão grande que sobrou espaço suficiente para um homem grande e cheio de ternura. Realmente não combina a imagem com os atos.

Eu concordei rindo sem humor, Daryl vazia o tipo caipira mal humorado, e normalmente esse tipo homem eram os mais selvagens na cama, e talvez eu tenha acreditado que minha atração fora sempre sexual, mas depois de ver o olhar assustado dele e sentir o toque suave dele, pude perceber que Daryl era totalmente o oposto. Ele era tímido e sensível, eu pude o ver chorar por diversas vezes, Daryl sentia grande empatia pelas pessoas, tinha paciência com as crianças e os mais velhos, ele cuidara de Judith e de meu pai, e agora cuidava do pequeno Glenn. Talvez por culpa, mas não era só isso. Eu podia jurar que ele sentia alguma coisa por mim também, mas agora ele estava pensando que eu era uma louca, e que talvez ele tivesse feito algo errado, quando o que ele fez foi tão certo e maravilhoso.

- O que eu vou fazer agora Sasha? Ele saiu daqui correndo, ele acha que eu não estava gostando.

- De um tempo a ele, e um tempo a você, ele não vai querer te ouvir agora Maggie, amanha vocês conversam melhor.

Sasha me ajudou a arrumar os restos do jantar, foi buscar Glenn que havia ficado com Emily nossa pequena baba de 17 anos, e eu fui para o quarto, fechei a porta com calma e olhei para a cama, eu podia senti-lo ali dentro ainda. O cheiro estava impregnado com a essência da pele de Daryl, fechei meus olhos tentando não enlouquecer, eu ouvi passos subindo devagar pelos degraus, sabia que a pessoa não queria fazer barulho, e sabia que era ele indo até seu quarto no outro corredor. Eu podia abrir a porta e surpreende-lo na ponta da escada, e tentar explicar, mas eu sabia que seria errado. Acabei encostando-se à porta até seus passos não serem mais ouvidos.

Quando me deitei na cama, tentei não ficar me remoendo, mas não tinha como, não sabia se o que eu sentia por ele era amor, eu sempre me preocupava com seu conforto em Hilltop, Daryl era da família, mas não era um irmão. Era um amigo, um protetor um homem. Não tinha como mentir para mim mesma, há muito tempo eu já havia o olhado como um homem, quando a dor de perder meu Glenn foi ficando mais leve e minha consciência mais límpida, eu me perdi naqueles olhos azuis por diversas vezes quando ele vinha conversar sobre alguma coisa de Hilltop, eu já me vi me perguntando como ele seria na cama, e se tinha cicatrizes pelas pernas cheias de músculos, várias vezes o imaginei sentado comigo naquela mesa de madeira escura enquanto recebíamos nossos amigos de Alexandria. Eu o Amava demais!

Acabei adormecendo e quando abri meus olhos denovo já era dia, a luz entrava pela janela mexendo a cortina, eu ouvi um barulho familiar do lado de fora, por alguns segundos me permiti ficar deitada e me espreguiçar, quando ouvi o acelerar da moto de Daryl, e corri até a janela, mas já era tarde, ele já estava saindo pelos portões altos de Hilltop levando uma mochila com ele, levando meu coração com ele.