Capítulo 3

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Acordo derrepente e...

7:45?!

PORQUE MEU DESPERTADOR NAO TOCOU!?

Me levanto as pressas com a mão na cabeça desesperado.

Aish! Eu nunca me atrasei assim!

Certamente vou ficar e polir o mastro!

Tomo um banho rápido,(em cada quarto havia um pequeno banheiro) me arrumo e saio literalmente correndo em direção ao saudatório.

Mas quando chego lá, o hino já estava acabando.

Me pergunto porque temos que saudar a bandeira todo dia, uma vez por semana nao serve?

Suspirei assim que ouvi o hino acabar. Eu estava ofegante e eu nem havia entrado no saudatório...

Fiquei do lado de fora encostado no muro e esperei todos saírem. Eu já ia saindo também quando alguém segura minha farda por traz.

Me viro e é o monitor. Ele me olha com reprovação.

-Não vi o senhor em sua fila hoje, onde estava? - perguntou ele ríspido como sempre.

-Meu despertador, não tocou.- eu disse.

-Ham, pois bem, ficará para polir o mastro. - ele disse firme.

O QUE?! Eu iria perder a primeira aula!

-Mas senhor...

-Nada de mais. São as regras. Nenhum minuto de atraso! E você se atrasou.

Ele disse e me colocou para dentro do saudatório já vazio.

-E só saía quando o mastro estiver brilhando. - disse ele me entregando um pano e uma garrafinha prateada com uma solução para polimento. Me pergunto de onde ele tirou isso.

Bufei e ele fechou a grande porta atrás de mim.

Me virei e observei cada canto do local.

O sol ja estava meio quente então eu teria que ir rapido pra não assar.

O saudatorio era todo coberto com uma curta grama, o palco ficava do outro lado do saudatório e também tinha as árvores que davam pouca sombra as extremidades do local.

Andei por todo o espaço até chegar no palco. Subi no mesmo com um impulso e fui em direção a bandeira.

A tirei de seu apoio e me sentei na beirada do palco colocando a mesma sobre meu colo. Tirei a bandeira do mastro e a coloquei em um canto. Peguei o pano e a garrafinha e derramarei um pouco do líquido no pano.

Comecei a polir o mastro, e eu até que estava gostando de ver ele ganhando um certo brilho e no lugar do marrom fosco, ganhar uma cor dourada.

Quebra de tempo

Já estava a um bom tempo ali. Meu braço já estava cansado mas não faltava muito trabalho.

Decidi descansar um pouco.

Desco do palco num pulo e me sento na sombra que o palco faz sobre o chão. Uma brisa leve bateu em mim e eu relaxei. Fecho os olhos e acabo pegando no sono.

Acordo assustado com o barulho de galhos se quebrando.

Me levanto e espio ainda atrás do palco.

E pela minha surpresa é aquele garoto.

O vejo descer da árvore, ele é cauteloso e observa o lugar.

Ele não percebeu minha presença ali.

ARMY BOYOnde histórias criam vida. Descubra agora