🌸MANUELLA🌸

17 2 0
                                    

Pelas minhas contas fazem exatos quatro dias que eu estou nesse quarto imundo, quatro dias infernais, eu não como desde o dia que cheguei aqui e mal me aguento de pé, estou toda suja, meus cabelos estão embaraçados e eu preciso de água, estou com muita sede, de vez em quando eles me trazem um pouco de água, mais é muito pouco mesmo e não da para me saciar, eu não me levanto dá cama, nem ouso me mexer pois meu corpo dói muito, as vezes levanto a minha blusa pra ver como está as marcas roxas e elas só parecem piorar....eu quero ir embora, quero fugir mas eu já não consigo ficar muito tempo acordada meu corpo está exausto e por mais que eu me esforce para me manter consciente o máximo que consigo são alguns minutos com os olhos entre abertos, e nesses minutos eu me pergunto se eu sou tão insignificante assim para ninguém vir atrás de mim.....nem Lucas nem Ethan nem Théo, ninguém absolutamente ninguém parece se importar.
De repente ouço um estrondo e muitas vozes e uma delas se destaca no meio das outras é Ethan ele veio me buscar, ele veio penso comigo, escuto a porta do quarto onde estou ser aberta de forma abrupta e sinto as mãos de Ethan pelo meu rosto

Ethan: manu! Manu acorda, eu estou aqui eu vim te salvar, preciso que abra olhos, estou aqui

Ele diz de forma suave e eu me esforço para abrir os olhos, e quando abro vejo Ethan, ele está lindo, eu reúno o pouco de força que tenho e estendo a mão para tocar seu rosto mas quando encosto meus dedos em suas bochechas rosto se desfaz como fumaça e eu quero gritar e implorar para que ele fique e que me tire daqui pois eu não aguento mais, eu não tenho mais forças. As vezes quando estou inconsciente eu sonho com a minha avô que só tem a mim depois que meu avô morreu, eu não posso morrer assim, não posso abandona-lá, ela só tem a mim e eu só tenho ela, eu tenho me agarrado a isso como minha salvação, eu preciso voltar pra ela.

****

LUCAS

Eu não tenho dormido desde que a Manu me ligou dizendo que havia sido sequestrada, no momento eu achei que ela estava brincado mas a ligação caiu e depois disso eu não consegui mais falar com ela, então eu peguei o primeiro avião de volta para o Rio de Janeiro e quando cheguei em nossa casa ela estava toda revirada, alguns vasos estavam quebrados e tinha sangue na cozinha; liguei pra o babaca do Ethan na mesma hora e perguntei se ele estava com ela e para meu desespero ele disse que não, então eu lhe contei o que havia acontecido e em menos de dez minutos ele já estava em casa com vários carros de polícia, eu também liguei para o Théo afinal depois do que o Ethan aprontou com a Manu eles estão mais próximos e eu achei que ele deveria saber. Quando o Théo chegou Ethan foi pra cima dele desferindo um soco em seu rosto e o acusando de ter feito algo a Manu eu e os policiais tivemos que tira-lo de cima do Théo que jurava não saber de nada, e eu acredito nele eu o conheço desde que era muleque e foi ele quem me ajudou a entrar na empresa, se tem alguém nesse mundo em quem eu confio plenamente essa pessoa é o Théo.
Graças aos bons policiais e a três investigadores que Ethan contratou nós conseguimos a localização do último lugar que ela estava quando me ligou, era um lugar bem afastado e nós não achamos nada nos três primeiros dias pois o lugar era enorme e só tinha mato e estradas de terra que não tinha fim, hoje já é o quinto dia que estamos procurando por ela e antes de sairmos do ponto onde estávamos acampando nós nos separamos Ethan foi com alguns seguranças e eu e Théo fomos juntos sendo acompanhados por um carro onde estava o delegado.
Já faz mais de quatro horas que estamos rodando e até agora não vi nada, nem uma casa nem uma cabana nem um casebre nem porra nenhuma e eu já estava ficando mais que puto da vida, sou gay sim mas eu viro outro quando mexem com alguém que eu amo e a Manu é a única pessoa que me sobrou depois que meu pai me botou para fora de casa e minha mãe virou as costas para mim e é por isso que eu faço o que for preciso para protege-lá.

Lucas: ali, tem um casebre ali
Digo apontando para um casa a uns 20 metros no meio do mato, ela parece abandonada mas não custa tentar não é mesmo.
Théo encosta o carro e o delegado para atrás.

****

MANUELLA


Mais um dia nesse lugar, a noite passada eu não consegui dormir, foi o único dia em que eu fiquei consciente mas o motivo disso é que eu estava com tanto frio que meu corpo não parava de tremer, eu sentia meu corpo gelado e as gotas de suor correndo pelo meu rosto, foi sem duvida a pior noite desde que cheguei aqui. Quando o dia amanheceu o calor se tornou insuportável mas eu agradeci mesmo assim pois eu conseguiria descansar um pouco porém tive outras alucinações e em todas elas Ethan vinha me salvar mas em nenhum momento isso aconteceu, ele não veio ninguém veio e eu duvido muito que ainda estejam procurando, se é que eles começaram a procurar né.
Estou virada para a parede, ontem eu consegui com muito esforço mudar a posição que estava deitada pois já não aguentava mais de dor, e nesse curto momento que estou consciente eu fico observando a parede branca e suja a minha frente procurando pensar em coisas boas e positivas pois perdi a esperança, perdi a fé, posso até ver o meu avô na minha frente me olhando emburrado por desistir tão fácil.

Delegado: TODO MUNDO COM A MÃO NA CABEÇA AGORA

Escuto depois de um baque, eu poderia acreditar que em fim eu estaria livre mas eu sei que não passa de outra alucinação, até por eu nem reconheço essa voz

Lucas: ONDE ELA ESTÁ?

Théo: VAMOS DIGAM LOGO SEUS FILHOS DA PUTA

Ao escutar a voz de Théo e de lucas meu coração acelera e mesmo sem querer aquela pontada de esperança me invade de novo, ela vem fraca e vai crescendo cada vez mais enquanto ouço suas vozes pela casa abandonada eu quero gritar que estou aqui mas sinto a minha consciência ir embora ao poucos e meus olhos se forçam para fechar " não, não vou dormir agora, eu não quero dormir" digo a meu subconsciente para que ele saiba que eu não vou ceder dessa vez. Mas mesmo assim meus olhos se fecham eles se recusam a abrir
Ouço uma forte batida na porta

Théo: MANU VOCÊ TA AI?

Eu queria responder que sim mas eu já não estava consciente o suficiente nem para reconhecer a voz que estava do outro lado da porta, só me restava acreditar que independente de quem for não ira desistir de abrir a porta....alguns murros, chutes e baques depois eu ouço um barulho distante da porta sendo aberta.

Théo: manu.
sinto uma respiração perto do meu rosto

Théo: abra os olhos eu estou aqui

Luto contra a força que quer me arrastar para o escuro e abro os olhos o máximo que consigo e enchergo apenas um borrão na minha frente

Théo: você consegue andar?

Eu não respondo apenas contínuo olhando para o borrão a minha frente e tento adivinhar quem é, mas o meu corpo manda um comando pra o meu cérebro, água eu preciso de água.

Manuella: á.....gu...a..

Théo: vem eu vou te tirar daqui

Manuella: E...t...han?

Murmuro usando o último fio de força que me resta

Théo: ...... Não Manu, sou eu o Théo

Depois disso apago.

Siiiiiiim pessoal eu ainda estou viva e aida escrevo kkkk

Não escrevi antes por um unico motivo..... Eu estou atolada de trabalho de escola pra fazer, é tanta coisa que eu acho que vou ficar doida, e por isso eu não tenho tido tempo para escrever e nem pensar.
Hoje eu achei um tempinho livre então o capítulo ta ai, espero que gostem
E deem estrelinhas por favor
Beijos da manuh😘

OBS: não revisei então me desculpem se algo estiver errado

Á Que Horas Ela Volta Onde histórias criam vida. Descubra agora