meu chefe possessivo

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Corro até o elevador pedindo a Deus que o meu chefe não me siga, afinal quem ele pensa que eu sou? Se ele estiver achando que sou como a vadia da Rute ele está muito enganado, na verdade minha vontade é voltar lá e falar uma verdades na cara daquele cretino.
O elevador chega, entro e vou para o primeiro andar, está tudo vazio, peço um táxi para o mais rápido possível e depois de 10 minutos chega um, sigo para casa pensando no que aconteceu hoje, "espero não ter que -lo amanhã" penso durante o trajeto, meia hora depois o táxi para em frente a minha casa, pago o motorista e desço, assim que entro vou direto para o banho, hoje realmente foi um dia exaustivo e muito doido também. Confesso que durante o banho acabei me lembrando do beijo que meu chefe me deu e levo os dedos aos meus lábios recobrando a sensação quente dos lábios dele, ele beija muito bem e é lindo é forte,- para de pensar nisso Manuella, ele é seu chefe e ainda tem um caso com a recepcionista- digo a mim mesma enquanto fecho o chuveiro me enxugando​, mais que ele é gato ele é, saio do banheiro enrolada na toalha e vou para o quarto procurar uma roupa, pego um shorts curto e soltinho e um moleton, vou para a cozinha preparar algo para comer, faço um macarrão simples pra comer e abro um vinho branco, estou prestes a comer quando alguém bate na porta "vai" grito da cozinha,
Quando abro a porta  me deparo com um Lucas todo machucado com uma mochila nas costas e duas malas uma de cala lado, ele está com um olho roxo, um corte nos lábios e parece que estava chorando.

MANUELLA: Lucas... Meu Deus o que aconteceu com você? Entra aqui eu vou buscar um copo de água.

Ele entra e eu fecho a porta e vou em direção a cozinha buscar a água.

LUCAS: foi o meu pai.... Ele... bebeu de mais e quando chegou em casa veio pra cima de mim, dizendo que sou a vergonha da família, que se soubesse que eu seria gay quando crescesse ele teria me...... Teria me matado antes mesmo de sair da barriga da minha mãe.-diz ele assim que volto da cozinha-

Sua vós sai embargada e me parte o coração, como um pai pode dizer isso a um filho, não importa o que o filho é, se é gay ou não, bissexual, trissexual, ou sei lá mais o que, isso não muda a condição de pai e filho.

MANUELLA: ele fez isso com você?? Te bateu por ser gay? Lucas, que horror..... Eu sinto tanto- digo com o coração partido-

LUCAS: sim, foi ele, e sim foi por que sou gay..... Manu eu sei que faz muito pouco tempo que a gente se conheceu, mas eu realmente não sei o que fazer.....será que posso ficar aqui com você até achar um cantinho pra mim? Eu ajudo com as contas e tudo mais.

MANUELLA: claro, claro você pode ficar o tempo que precisar...eu estou aqui e vou cuidar de você- digo o abraçando-

Realmente eu e o lucas nos conhecemos a pouco tempo mas desde que começamos a nos falar ficamos mais próximos, conversávamos todos os dias tanto por mensagem quanto no trabalho, ele me contou sua vida e eu também contei de mim para ele, e eu passei a gostar muito dele. Então é claro que não ia pensar duas vezes em aceita-lo morando aqui comigo.

LUCAS: obrigado Manu, não sei o que seria de mim sem você.

MANUELLA: vem, vamos jantar eu acabei de fazer um macarrão- puxo ele pela mão o levando para a cozinha-

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