estou viva

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Abro meus olhos a visão ainda embaçada, não enxergo nada com exatidão, estou em algum lugar de teto branco, pisco algumas vezes pra conseguir focar minha visão mas não tenho muito sucesso, tem algo em meu nariz, é uma mangueirinha de ar e tem pessoas perto de mim todos de branco parece que estou em um hospital eles me olham e parece dizer algo mas eu não escuto será que estou surda? O que houve comigo? Eu não sinto nada será que fui esfaqueada? De repente fica difícil continuar com os olhos abertos, ainda sinto dificuldade em respirar, cansada deixo a cabeça cair para o lado fecho meus olhos e mergulho novamente na escuridão.

***
Estou em um lugar escuro, sentada em uma cadeira com os pés e as mãos amarradas e tem uma fita na minha boca, forço os olhos na intenção de saber onde estou mas não vejo nada, se não fosse por uma pequena fresta em uma parede eu estaria em um breo total, de repente uma porta no canto direito da sala se abre e o mesmo homem de olhos frios entra, ele acende uma luz fraca e caminha em minha direção ainda está usando a toca que esconde seu rosto, mas percebo olhando em seus olhos que ele está sorrindo e é um sorriso frio e perverso ele para na minha frente e então sinto um tapa do meu lado esquerdo do rosto ele ri alto e eu sinto uma ardência onde ele desferiu o tapa uma lágrima escorre solitária, ele estende a mão na direção do meu rosto e eu fecho os olhos esperando o impacto de outro tapa mas ele não faz isso, ele acaricia minha bochecha e então puxa a fita com força me fazendo gritar.

MANUELLA: o que você quer de mim?? Onde eu estou? Quem é você?

Pergunto a ele esperando entender o por que, mas ele não diz nada apenas saca uma arma e aponta pra minha cabeça e começa a gargalhar, e eu choro desesperada rezando para que ele não me mate

MANUELLA: por favor não faz nada comigo, me deixa ir embora eu juro que não vou falar nada pra ninguém mas me deixe ir por favor- digo aos prantos-

Ele continua rindo e então encosta o cano da arma na minha cabeça e dispara

Acordo com um pulo e olho para os lados, toco em mim mesma pra saber se estou viva, minha respiração está acelerada  "foi só um pesadelo" digo a mim mesma na esperança de me acalmar. Me sento e começo a prestar mais atenção  no quarto e  percebo que estou em um quarto de hospital, a porta se abre e a Carol entra ela está com o náriz vermelho então presumo que ela estava chorando,  quando me vê acordada ela grita e corre em minha direção e me abraça forte

CAROL: Manu, que susto você deu na gente em, você se sente bem? Sente alguma dor? -ela pergunta segurando em meu ombros e me analisando-

MANUELLA: e...eu estou bem! Eu acho! Digo olhando pra ela-

CAROL:o que aconteceu com você?

Repasso na minha mente tudo que aconteceu? E me pergunto se ainda é sábado, olho ao redor e paro em uma janela percebo que já é noite

MANUELLA: que horas são?

CAROL: agora é 19:30- diz ela olhando em seu celular-

MANUELLA: eu dormi por quantas horas??

CAROL: na verdade manu você dormiu por dois dias, parecia que você não ia acordar nunca!

Fico pensando,dois dias então hoje é terça-feira levo a mão a boca, meu trabalho!! Será que ainda tenho um? Depois do que aconteceu na boate eu já não sabia e agora ainda falto no trabalho

Á Que Horas Ela Volta Onde histórias criam vida. Descubra agora