Ei, Camren shippers! Venho trabalhando nessa fanfic há alguns meses e finalmente acredito que está pronta para ser lançada. Os capítulos trazem de forma fictícia a história por trás de Camren, intercalando entre o presente e momentos passados vividos pelas garotas. Se gostarem, votem e comentem para que eu saiba e continue escrevendo.
Boa leitura! <3
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Miami
POV - CAMILA
Uma frente fria tomava conta da cidade há dias colaborando para a minha indisposição e bloqueio criativo. Logo após as festas de fim de ano, me mudei para um novo apartamento próximo ao Crandon Park, nada muito exagerado mas espaçoso o suficiente para que eu pudesse me organizar e começar a escrever.
Eu sabia o que as pessoas estavam pensando sobre aquele meu isolamento repentino. Especialmente depois que deixei de atender as ligações e verificar minhas redes sociais de forma regular. Meus pais e o Dr. Sullivan diziam que era um tipo de depressão ocasionada pelos acontecimentos mais recentes, aparentemente eles tinham algum problema em mencionar com todas as letras a saída da Fifth Harmony. O Shawn e a Ashlee diziam que era questão de tempo até que eu me recuperasse totalmente das mudanças e por isso, estavam respeitando minha distância até ali. E as garotas...a verdade é que eu não sabia sobre elas. E talvez esse fosse a razão do problema.
Quando se passa tempo demais com alguém, você começa a adquirir os hábitos daquela pessoa, o modo como mexe os lábios ao falar, as gírias, a gesticulação dos membros, o peso dos passos e o som da risada. Soa bonito, não é? Compartilhar a vida tão intimamente a ponto de transformar o plural em singular. Bem, pode ser um fardo ou uma benção, e no meu caso, a primeira opção estava ganhando em disparado.
Eu não me lembrava mais qual era a minha identidade sem as outras quatro que haviam estado comigo pelos últimos 5 anos. Havia um pouco de Ally Brooke na maneira com que eu sempre andava com remédios na bolsa e nunca deixava de arrumar a cama ao acordar, mesmo que agora morasse sozinha. Dinah Jane estava nas piadas sem graça que surgiam na minha cabeça a cada situação constrangedora que eu desejava não contar para ninguém, a não ser para ela. Normani não me deixava esquecê-la através das músicas da Beyoncé que me faziam dançar desajeitamente e dos salgadinhos acumulados no meu armário.
E então havia Lauren Jauregui, o meu inferno pessoal. É claro que eu jamais diria isso em voz alta, mas ela estava no ritmo acelerado do meu coração e nas borboletas descontroladas que surgiam em meu estômago toda maldita vez que seu nome atravessava meus pensamentos, o que acontecia de forma intensa e sequencial. Ela também estava implícita em toda nostalgia que tomava conta do meu cérebro, no desejo profundo e corroedor que me fazia ansiar pelos seus olhos verde esmeralda pairando sob os meus, na coleção de feridas abertas que falavam sobre todas as nossas impossibilidades.
De todo modo, eu não conversava com ninguém associado a banda desde dezembro. Ally e Normani mantinham termos regulares, nenhuma de nós tentava se defender ou atacar a outra pelos seus motivos, elas entendiam minha saída da banda como uma necessidade para ambos os lados e sabiam que eu também carregava minha parcela de mágoas. Dinah e Lauren eram os pontos delicados da situação, com elas, eu havia perdido um fragmento da minha essência e talvez não pudesse recuperá-lo, o que tornava minha rotina atual ainda mais dolorosa.
DJ e eu havíamos nos afastado completamente depois de uma discussão sobre o meu comportamento durante os últimos meses no grupo, e ela parecia muito mais ressentida do que o demonstrado no início. Com Lauren as coisas eram sempre complicadas demais, em resumo, ela me odiava por ter tomado uma decisão que considerava covarde, quando essa palavra sempre coube muito melhor para as suas ações. Afinal, não fui eu quem começou negando qualquer coisa entre nós. Talvez ela tivesse me ensinado a fugir.
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It's Camren, yo!
RomanceLauren Jauregui trabalha pelo terceiro álbum da banda Fifth Harmony enquanto Camila Cabello segue com sua carreira solo em ascensão. Mas apesar dos acontecimentos inesperados, algumas coisas nunca mudam, não é mesmo? E desde o momento em que os olha...