Capitulo 1

74 3 4
                                    

Sabe, quando você quer gritar o que tá sentindo, mas sabe que de alguma forma as pessoas vão te ignorar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sabe, quando você quer gritar o que tá sentindo, mas sabe que de alguma forma as pessoas vão te ignorar.

Bem, essa arte de se sufocar com os próprios sentimentos eu domino. Esse por exemplo, é um momento que estou com vontade de gritar.

Me chamo Brenna, e estou prestes a entrar no lugar, que é meu maior pesadelo.
Fecho os olhos, respiro fundo, e coloco meu pé esquerdo pra dentro do colégio interno, esse é meu último ano, eu fiz a prova para concorrer à bolsa, e um mês depois, eu fui aceita.

Abro os olhos, solto o fôlego, e olho para meu pé, bem, nada de estranho aconteceu, ninguém me matou, e ovos não atingiram meu corpo.

Dou um sorriso vitorioso, e coloco o outro pé pra dentro,relaxo meus ombros e começo a andar pelo corredor, até que estava indo tudo bem.

Segui até o final do corredor, que era preenchido por armários e salas. 

Meus pés seguiram para esquerda, onde me vi a frente da secretaria. 

Sorri, pensando que agora, começaria uma nova parte da minha vida.

-É agora!-murmurei para mim mesma.

Dei alguns paços a diante, e empurrei a porta. 

Havia 5 alunos, ou pelo menos eu acho que são alunos, sentados em uma fileira de cadeiras de plásticos. 

Todos com papéis nas mãos, e parecendo impacientes, alguns estavam de braços cruzados, quase dormindo, outros estavam mexendo em celulares, e alguns realmente dormiam. 

-Posso ajudar?- Falou a mulher atras do balcão, ela me olhava como se eu fosse louca, provavelmente naquele momento eu parecia realmente louca.

Meus cabelos estavam presos, numa tentativa, não muito bem sucedida de um coque, minha blusa branca de renda, estava suja de café, que o homem do metrô havia derrubado em mim em uma das paradas enquanto eu ainda estava a caminho, meus olhos estavam fundos por conta da noite passada, na qual eu não consegui dormir muito. 

 Não vamos tirar o fato, que eu fiquei parada na porta durante uns 5 minutos, apenas observando, e fazendo notas mentais, como:
"Eu tenho que pegar meu celular quando chegar no dormitório para ligar para a mamãe; Onde está meu celular mesmo?!" 

-Ah, eu vim entregar a minha ficha, e pegar a chave do meu dormitório.- Falei, com a voz trêmula.

Ela me olhou, e apontou o dedo para a fileira de cadeiras. 

-Bem, você vai ter que pegar uma ficha logo ali...- ela disse apontando para um cesto com papéis- e esperar sua vez.

Arrumei a mochila nas costas, e segui até a mesinha com as fichas,peguei uma, e me sentei em uma das cadeiras de plástico.

Tirei a mochila das costas, coloquei-a sobre o meu colo, e abri. 

Por conta de ter acordada atrasada hoje de manhã, eu não tinha conseguido arrumar ela muito bem, lembro-me de ter enfiado todas as minhas roupas na mesma, e meus objetos de higiene pessoal, o mais rápido que podia. 

Porque Raios Nós Nos Conhecemos...Onde histórias criam vida. Descubra agora