Night Light ➵ Sabriel

Thunder

Gabe Pov

Muitas pessoas adoram a chuva, principalmente quando tem trovões, ugh. Eu odeio trovões, chuva, TUDO!

Eu admito que esse medo talvez tenha a ver com minha família, minha irmã mais precisamente.

Quando eu era pequeno aconteceu uma coisa com ela e bem, eu achei ela. Quando foi o funeral estava trovejando e eu fiquei em casa sozinho.

Bem depressivo, eu sei mas eu fiz terapia e estou bem mesmo. Só esse medo que impregnou em mim e eu fiz tratamento pra isso mas não adiantou.

Mas em uma noite isso mudou. Uma pessoa entrou em minha vida. Eu vou te contar sobre ele. Mas calma ele tá vivo. Hoje, na verdade, faz dez anos que nos casamos. Essa é nossa história.

Uma história com obstáculos e problemas, mas temporário.

Caso você queira saber, leitor, eu e Sammy continuamos juntos.

Nós moramos em uma pequena casa no interior de Nashville em Tennesse, onde eu nasci e cresci.

A casa é pequena mas é nossa, o que basta. O que eu mais amo nessa casa é a decoração. Não é sofisticada nem nada, são apenas nossas memórias.

Um quadro de uma paisagem linda de um lago com árvores no fundo que Sammy comprou quando fomos pra Dinamarca.

Ou o vaso grego que Sam tanto fala sobre ser sagrado e de um deus que sempre esqueço o nome. Hermes certo, obrigada Sammy. Sam, tanto faz. Também te amo.

Enfim, para mim o que importa não é o tamanho da casa mas sim as pequenas coisas, os pequenos detalhes. As coisas que tem um significado por trás.

Eu me lembro do dia em que nos conhecemos. Foi a 18 anos atrás. Meu Sammy tinha 19 e eu 21.

Ele se mudou para a casa ao lado da minha, em Lawrence, Kansas.

Ele era um doce, vocês deviam ver. Ele acabou de me dar um soco no ombro. Idiota. Mas é verdade.

O cabelo dele era curtinho e ele tinha uma franja bem curtinha mas que quase tampava seus olhos. Era a coisa mais fofa. Legal. Mais um soco.

Ele me cumprimentou timidamente.

'' Winchester. Sam Winchester. "

E eu disse

" Um fã de James Bond? "

Então ele sorriu. E meu dia foi de pior para melhor dia do ano.

Aquele dia estava sendo meu pior por causa da ansiedade, depressão somado com a previsão do tempo.

Tempestade seguida de trovoadas.

Naquela noite eu me preparei como sempre. Cobertores, chocolate quente, Forrest Gump e doces.

Começou a trovejar e eu, como a saudável pessoa que era/sou, comecei a ter um ataque de pânico, que na época não era nada bonito. NADA bonito.

Aparentemente Sam aqui me ouviu tendo o ataque nada-bonito ( é o nome que eu dei ) e foi até minha casa.

Quando ele chegou lá ele teve que arrombar a porta para entrar porque eu não conseguia me mexer de medo.

Ele chegou perto mas eu empurrei ele e disse para ele ir embora porque eu era uma aberração e que eu machuco todos em minha volta.

Ele não foi embora.

Ele simplesmente sentou do meu lado, apesar de eu tentar tirar ele dali, e me abraçou.

Nós ficamos assim por praticamente a noite inteira.

Quando me acalmei ele perguntou o que aconteceu e eu contei tudo.

Eu sinceramente achei que ele iria embora não querendo lidar com tudo que eu passei. Eu achei que ele me deixaria.

Mas ele ficou

Ele fez almoço para nós ( ele cozinha MUITO bem aliás ).

Nós conversamos, rimos. Eu me senti conectado com ele a partir daquele dia, daquele momento.

➵ Continua