H/V -The Century Of Love. -V

Chapter three 🍁 Selfish.

Eu acho que vou perder a cabeça.

Preciso conhece-lo. É tudo o que eu pensava quando vi aquele rostinho bonito, só não sabia que iria fundo demais nisso.

Harry Styles.
Queria poder descreve-lo para que conhecesse como eu vejo, mas eu não vou fazer isso.

As vezes eu olho para essas pessoas ao meu redor e penso no quanto é bom não sentir nada por elas. Muitas pessoas tem um coração e mesmo assim agem da forma errada, se está lendo isso e acha que tem um coração, aja da forma certa, ou pelo menos pela qual você achar estar. As vezes não tenho muito o que falar, e isso vai ser algo normal por aqui.

Estou feliz pelo meu câncer, e agora vou te explicar o porquê.

Acho que sempre soube que tinha algo diferente em mim, e sim era meu câncer, sempre lá. O câncer no qual me refiro não é sobre uma célula maligna exatamente, e sim há um câncer que não tem nome, e ele sempre existiu dentro de mim.
 Me perguntava as vezes o que era aquela sensação estranha de estar ao outro lado da vida, hoje eu sei do que se trata.
O câncer sem nome irá me matar algum dia, eu sei disso, eu o estímulo as vezes. Eu nunca pensei que suicídio fosse algo tão grande como as pessoas pensam, pra mim sempre foi algo normal, e acho que é por isso que o meu câncer sem nome gosta de se abitar aqui.
O que eu estou querendo dizer, é que eu sempre vou estimulá-lo, e quem chegar a ler isso vai entender o que eu realmente queria, apenas um longo sono. Por isso e outros motivos, quando descobri o câncer de pulmão eu admito que foi um choque, dois tipos de câncer? Eu seria a garota mais sortuda do mundo?

"Câncer de pulmão no estágio dois" foi a única coisa que ouvir sair da boca do médico.

Minha mãe em choque. Depois de alguns segundos quando chegamos em casa, ela me abraçava e chorava, e então talvez ela começou a se importar de verdade, eu não me importei, me importei apenas com os meus irmãos, eu via que ela queria ser uma mãe presente, que nunca tinha sido antes. Eu ainda não entendo, não entendo em como ela consegue dormir a noite, não entendo em como ela pode ver o que faz e ficar bem depois. Acho que foi a partir daí que eu percebi que você pode matar uma pessoa e ficar bem, que você pode cometer sim suicídio e ficar bem.

Hoje é meu último dia aqui nessa casa onde tenho minha mãe e meus irmãos.

Amanhã vou para Los Angeles, finalmente. Os quatros dias se passaram lentos como uma lesma. Hoje alguns amigos iriam vir aqui, Tainy e Myke, não são muitos, mas pra mim são os melhores seres humanos no momento, eles não agem como se eu estivesse morrendo, só o Myke, mas era só dar um "chega pra lá" nele que logo percebia a merda que estava fazendo.
Tainy é a minha melhor amiga por um motivo, ela sou eu, definitivamente somos muitos iguais.
Myke é o Myke, eu já disse isso a ele e o próprio concordou.
Ótimos amigos no momento certo.

É cerca de 9:00 horas da manhã e eu perdi o sono, talvez era ansiedade, talvez fome, e eu fico com a segunda opção. Fui na cozinha e começei a procurar algo pra mim comer, então apenas peguei o dinheiro da mamãe e fui comprar alguns pães, arrumei a canula e coloquei uma blusa de frio, e de pijama eu estava radiante na rua.
Ao voltar encontrei uma tia e ela disse "de pijama? Sério? Que fora da lei" e eu adorei isso, vou começar a usar a frase, me senti uma verdadeira fora da lei.
Cheguei em casa e minha mãe gritou dizendo que eu não deveria ter saído e que eu não podia fazer mais isso, sendo que eu me sentia ótima.
Tomamos café e depois ela saiu pra trabalhar, disse pra mim comer assim que tivesse fome e pra ficar de olho na minha irmã.

As 12:50 Myke e Tainy chegaram, e chegaram fazendo bagunça, eu estava ouvindo Zayn, um cd que tinha ganhado de um amigo e acompanhando no violão.
 
- O que você está fazendo? - Tainy perguntou.