Prostituto Contratado

Bônus - Taylor

Prazer, eu sou o Taylor Albuquerque, e eu estou aqui para contar um pouco da minha história pra vocês. Vou contar desde o começo para vocês poderem entender tudo.

Como vocês já devem ter percebido, beleza eu tenho de sobra. Mas nem sempre eu fui assim, na adolescência eu sofri muito com as espinhas, aparelho e óculos. Isso mesmo um nerd, espinhento, magricelo e rejeitado por todas as garotas do colégio.

E como não moro nos Estados Unidos, não tive o tão sonhado baile de formatura para poder levar outra nerd, poder lhe dar flores e ser o acompanhante perfeito para acompanha-lá em sua festa de formatura, não tive a oportunidade de leva-lá para dançarmos a noite toda, na quadra de basquete do Colégio, e depois no fim da festa, darmos uma leve fugida de todos, como se alguém fosse sentir nossa falta e trocarmos uns beijos e depois perder nossas virgindades.

E no outro dia de manhã quando acordar se arrepender.

Minha realidade foi mil vezes pior que isso. Antes fosse ter um coração partido, depois do baile da escola... Passar noites em claro querendo que as coisas tivessem sido diferente e juntar todos os caquinhos do coração partido. 

Bem depois da minha fase horrível no ensino médio, ainda saí de lá virgem e BV.

Pois é garotas, ninguém me queria, eu cheio de hormônios, vendo todos meus amigos transando com quem quisessem, aquela pegação nojenta que vocês sabem, e eu ainda virgem.

Mas isso foi também uma opção minha, eu queria que fosse com alguém especial, não são só as garotas que tem suas fantasias. Oportunidades e moças bem ajeitadinhas não faltou, mas não me agradava com nenhuma delas, mas também não as culpo, eu era o patinho feio. 

Eu gostava de uma garota, Celina. Ela era linda, tinha um belo corpo estrutural que parecia que fosse feito a mão. Tinha o cabelo da cor de ouro, e cheio de cachos. Quando ela os deixava solto, ela parecia um raio de sol, numa manhã magnífica.

Ela era uma das mais populares da escola, era da minha sala, e se sentava atrás de mim, mas por interesse é claro. Para colar de mim nas provas, e eu como um bobo apaixonado deixava, porque ela sempre me dizia que iria me dar um belo pagamento quando a gente se formasse.

Nós estudávamos num dos colégios mais caro do Rio de Janeiro, e tudo nossos pais controlavam, até a quantidade de vezes que a gente abria a boca na sala de aula, nossos professores faziam questão de dizer aos nossos pais. Agora você imagina no quesito da nota.

Eu nunca decepcionei meus pais, meu nome sempre ficava fixado no mural da sala e dos corredores. Então, como eu era um bobo e apaixonado pela  Celina, e ela sabia disso, ela começou a se aproveitar da minha queda por ela.

Sempre fazia os trabalhos meu e dela, trabalho em dupla, e ela dizia:

— Vou nem me preocupar né meu amor, você faz tudo pra mim, e tudo por mim.

Eu era muito babaca gente. Como eu fui estúpido ao ponto de acreditar que quando aquele ano acabasse eu iria fazer amor com Celina. Acreditava em tudo o que ela me dizia.

E isso era o de menos, porque ela namorava direto, todo mês era um carinha diferente, mas ela dizia que só amava a mim, e o momento da gente ficar junto ia chegar.

Meus amigos sempre tentava me avisar, pedindo pra mim tomar cuidado pra mim não me magoar, que ela não me merecia, que ela era mais rodada que porta de banco. O que era verdade, mas quando a gente está apaixonado, isso basta para se afastar de todos seus amigos, achando que é inveja deles.

Aquele ano foi longo, muito longo mesmo. Parecia que nada ia ao meu favor, eu queria tanto nossas férias de verão, pra gente ficar junto. Finalmente chegou a última semana de aula, eu estava tão feliz, sorrindo atoa de bem com a vida.