Prostituto Contratado

Capítulo 25

Já fui ao supermercado, e o senhor dorminhoco nem sequer se mexeu.

Deixo os vidros do carro um pouco aberto, e tranco as portas manualmente com as chaves, jamais deixaria meu bebê em perigo.

Subo para meu andar, e assim que chego em minha porta encontro o Taylor largado no chão, com seu paletó e gravata.

— Graças a Deus, pensei que alguma desgraça tivesse acontecido com você!

Ele diz, já me esmagando em seus braços fortes.

Sinto seu cheiro amadeirado, apesar dele estar com muito cansaço, sorri, se alegrando.

— Desculpa, eu esqueci do celular e...

Ele me beija.

Correspondo ele no começo, mas assim quando a realidade me chama novamente, eu paro.

— Tudo bem?

Ele me pergunta preocupado.

— Andou bebendo né? Sozinha? Ou acompanhada?

Ele sente meu hálito.

— Tomei um drink, enquanto colocava o papo em dia com uma amiga.

— Que amiga, com a Jaqueline não foi, ela me disse que não sabia de você!

Menos mal, até porque com a Jaque gravida agora, a parceira do copo se posentou

— Amiga da empresa.

— A grávida?

— Juliana o nome dela Taylor, ela não bebeu nada, mas me fez companhia.

— Desculpa, eu...

— Dá licença...

Entro em meu apartamento, e ele vem atrás, o encosto.

Pego uma mochila e jogo tudo dentro, menos uma roupa limpa para o trabalho, amanhã não irei.

— Vai passar a noite fora?

— Sim.

— E vai para a empresa amanhã?

— Não.

— Porque não?

— Taylor, eu preciso de um tempo.

— Da empresa?

Nossa, como assim ele é um dos melhores CEO de uma arquitetura?! Lesado.

— De você.

— Mas eu... Eu fiz algo errado, te falei algo, que você não gostou? 

— Não é você Taylor, sou eu.

Frase clichê, mas não queria terminar logo assim de cara com ele, por mais que meu sentimento por ele fosse apenas uma ilusão da faculdade, ninguém merece sofrer.

— De quanto tempo precisa?

— Porque a pergunta?

Nem com minhas grosserias está fazendo ele desistir.

— Se precisa desse tempo para colocar as ideias no lugar, e voltar pra mim depois, tem o tempo que quiser.

— E se eu não voltar?

— Perde tudo, até seu emprego!

Mas que filho da puta!

— Chantagem Taylor, nossa, eu esperava bem mais de você!

Digo me fingindo de indignada, mas bem lá no fundo, eu já imaginava isso.

— Por favor não me deixe!