Cap. 19 - O fim e um recomeço.

175 20 117
                                    

Cap. 19

Tempo é aquilo que o homem está sempre tentando matar, mas que no fim acaba matando-o. - herbert spencer

...

Os gritos de dor garoto era altos. Os olhos de todos — com exceção de Han — começaram a lacrimejar. Ainda não haviam acreditado no que havia acabado de acontecer. A risada do homem que assistia tudo com o sorriso do rosto quebrou o silêncio incomodo do local. 

Hongbin se ajoelhou. Era como se tivesse desmoronado; seus olhos embaçados não queria ver o que estava a sua frente, mas era impossível desviar o olhar. Hakyeon cobriu os olhos de EunJi com uma de suas mãos, mas a garota ouvia tudo horrorizada enquanto rezava baixinho no ombro de seu irmão. 

— Jaehwan, pegue a arma! — o médico ignorou completamente o pedido de Hyuk, que em meio a grunhidos, tentava estancar o próprio sangue com as mãos — Ei! Está me escutando?! — ao mesmo tempo que gritava pelo outro, o loiro se contorcia e se segurava para não chorar. A bala havia rasgado sua pele e perfurado sua carne, podia senti-la dentro de seu corpo. Queimava e doía a cada pouco movimento que fazia. 

— Hyuk, você... 

— Pegue a droga da arma! — o mais velho não obedeceu, ao invez disso, foi correndo até o loiro e ajoelhou ao seu lado — O que está fazendo? Pegue a arma!  

— Onde foi? — Jaehwan passava sua mão pelo corpo do garoto procurando o local onde a bala havia entrado. O sangue continuava se espalhando pelo chão, o deixando mais e mais escorregadio — Me diga onde dói! Eu preciso estancar o sangue, você não pode morrer! — gritava desesperado. Claramente estava fora de si, assim como o policial que apenas os observava com seus olhos arregalados. 

— Vocês por acaso estavam brigados, Hyuk? — perguntou Han após se engasgou com sua própria saliva por rir demais — Se eu soubesse que vocês queriam matar uns aos outros, não estaria perdendo meu tempo aqui. 

— Cala essa sua boca nojenta! — Hyuk gritou. Seus movimentos bruscos fazia com que o liquido cor vinho manchasse sua roupa cada vez mais — Você vai morrer hoje! Eu juro... juro que de hoje você não passa! 

— Fique quieto, Hyuk! — o médico disse enquanto examinava o local em que o pequeno objeto estava. A barriga no garoto fora atingida, mas Lee suspirou aliviado quando percebeu que não havia sido um ferimento muito profundo — Eu preciso estancar isso — rasgou sua camisa e com o pano que tinha em mãos, pressionou na barriga do menor, que reclamou de dor — Sinto muito. 

— Hongbin? Hongbin, você está vendo essa sua vadia te traindo? — o moreno continuava com os olhos arregalados olhando para Hyuk. Estava em estado de choque e ignorava tudo que via e ouvia. Ignorava tudo que não fosse o garoto ensanguentado logo a frente — Hongbin?... parece que ele não vai acordar tão cedo. É uma pena, um brinquedo a menos. 

— Não o chame assim!  

— Hyuk, eu mandei ficar quieto! — o médico gritou enquanto tentava posicionar o pano na ferida do garoto. De repente a voz de outra pessoa se fez presente no local, uma voz frágil.

— Wonsik — o detetive tentava com muita dificuldade se levantar do chão, sua cabeça ainda doía e sentia que metade do seu corpo continuava paralisado. Devido ao veneno injetado por Han, seus olhos viam apenas silhuetas distantes e borradas, seu corpo tremia, dificultando sua locomoção.  

— O que? Você está acordado? — o homem perguntou se abaixando e puxando levemente o cabelo do moreno — Por que está chamando pelo Ravi? — o jogou novamente contra o chão — Você quer que ele o salve? Que pena, ele precisa ser salvo também. 

THE LIE OF A KILLER † . {vixx}Onde histórias criam vida. Descubra agora