Cap. 13 - Desespero.

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Cap. 13

  Meu coração fora tomado de angústia e desespero. Dentro de mim, sentia um inferno, que nada podia aplacar.  - Mary Shelley. 

...

Terça 00:30pm

— Finalmente chegamos — o homem que tossia e falava com sua voz mais rouca que o normal, se sentou numa cadeira no quarto onde torturava suas vitimas. Respirava com dificuldade e o platinado que o acompanhava, se perguntava o porquê de ele não estar morto. Era evidente que sua saúde estava em risco e não demoraria para as drogas dessem um fim nela. Esse era um dos motivos para o jovem Kim ter cedido e ido com ele, mesmo que para isso tivesse que morrer.

— Demoraríamos menos se você não tivesse parado para matar aquelas pessoas.

— Agora está bonzinho, não é? Até mesmo tentou me impedir hoje mais cedo — o jovem tirou a camisa que usava devido o sangue que ainda estava nela — Eu te criei assim, você é como eu e não adianta negar. Não a essa altura.

— Eu não sou como você! — gritou indo em direção ao outro que ria feito louco, não era como se não fosse. Han segurou firmemente o rosto do jovem e o puxou para perto de si.

— Como é? — o empurrou com força o fazendo cair no chão — Você não é como eu? Matou centenas de pessoas sem sequer se importar, além disso, em troca de tratamento e moradia! — chutou sua perna resultando em gemidos de dor do rapaz — Você é um assassino tão frio quanto eu, matou pelos seus próprios benefícios.

— Eu precisava! Estava cansado de ter alucinações com aquela mulher que você me fez acreditar que eu tinha matado! Estava cansado de ouvir aquelas vozes assustadoras me mandando fazer coisas ruins. Eu não estava aguentando mais viver tão miseravelmente.

— E por que decidiu abrir os olhos agora? — se ajoelhou e segurou novamente o rosto pálido do mais novo — Foi por causa de Jung? Aquele desgraçado te fez pensar assim? Porque antes você não tinha problemas com isso, parecia até gostar do que fazia.

— Sim, foi ele, edaí? Foi ele quem me ajudou a enxergar a verdade nisso tudo. Foi ele que me fez acordar desse mar de mentiras no qual você estava me afogando e matando lentamente.

— Ok, pequena sereia poeta. Ninguém liga se sua vadiazinha te fez perceber que eu estava te usando. Na verdade isso era bem obvio — Kim rangeu os dentes e cerrou os punhos, se levantou e ficou novamente cara a cara com o assassino, que tossia quase sem forças — Eu sempre te usei, mas agora você não tem mais utilidade alguma — o homem de meia idade apontou para as correntes onde Jung ficara acorrentado quando fora sequestrado por Kim — Era você ou ele, você fez sua escolha — o jovem se direcionou para tal canto da sala e o homem o acorrentou com agressividade — Você vai pagar por ter me desafiado, seu esquizofrênico desgraçado! Mas antes eu tenho que buscar uma amiga para brincar conosco.

— Só morra de uma vez.

—Ora, acho que você não conhece ela, vai ser um grande prazer apresenta-los um para o outro, vai ser divertido. Não vai demorar, vou ate a cidade ainda hoje, consegui uma moto com um amigo.

— Você não tem amigos.

— Ok, eu matei um cara a alguns dias e roubei sua moto, quem liga? A questão é que agora eu posso ir e voltar num instante, isso facilita as coisas para mim, sabe — o homem se aproximou, tirou uma faca ainda com sangue quente em sua lamina e a colocou no pescoço de Wonsik — Volto logo com nossa convidada.

THE LIE OF A KILLER † . {vixx}Onde histórias criam vida. Descubra agora