Capítulo 2.

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P

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P.O.V Aina.

Estou dentro deste avião já faz umas 9h. Falta só mais umas 6h para que possamos chegar em Busan. Nesse período já dormi, acordei, dormi de novo e toda vez que olho para a menina ao meu lado, ela está sempre na mesma posição: com os braços em cima do apoio da poltrona, os olhos vagando no teto e segurando uma espécie de bilhete ou carta, não sei ao certo, mas me parece que ela está preocupada com algo.

Já sei! Acho que vou cantar, talvez ela conheça a música e me acompanhe.

– Maki maki, hapy hapy, yoroshikuma...


Vou cantando bem baixinho para não importunar os outros passageiros e faço também gestos fofinhos com as mãos, tentando chamar a atenção dela.


Ela está olhando pra mim. Acho que está dando certo


– Kumamon, Kumamon...


– Pare com isso! - ela fala desconstruindo a minha atmosfera positiva, num tom ríspido.


– Ah, que isso...vai me dizer que não conhece essa música do Kumamon?

– Kumamon? - pergunta arqueando uma das sobrancelhas.


– É um ursinho preto com as bochechas coradas. - tento fazer uma ilustração no ar.

– Não conheço. - diz balançando a cabeça negativamente.


– Sério isso? - pego meu kumamon de pelúcia. - Olha, é esse aqui.

Ela olha para o kumamon e em seguida vira o rosto para o corredor do avião, demonstrando, claramente, não se importar nenhum pouquinho com que eu estava tentando fazer: alegrá-la.


Realmente, ser gentil não é o forte dessa garota.

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P.O.V Yoongi

– N- não, você cometeu um erro. Eu vou começar a trabalhar aqui. - A garota diz enquanto me empurra devagar, cortando o clima definitivamente. - Aliás, também sou uma bolsista, não preciso pagar por minhas refeições.

– Não importa quais sejam seus motivos, mesmo que seja uma bolsista, as aulas ainda não se iniciaram e a bolsa não cobre taxas extras. - digo cruzando os meus braços, meio desanimado por sua resposta.

– Mesmo assim, eu não vou pagar! Eu sei que aqui no dormitório da Dong-a University, o sistema de mordomos é incluso, sem precisarmos pedir, mas como disse não irei pagar, porque nem comer eu comi. - ela exclama sentando-se na cama, seus lábios formaram um bico. Talvez isso tenha me deixado encantado, talvez.

– Vou chamar o supervisor. - saio a procura dele.

Depois de um tempinho procurando e perguntando para alguns funcionários, descobro que ele ainda não havia chegado, o que é um milagre, porque ele nunca se atrasa. Nunca mesmo.

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